Hidrosfera é a esfera de todas as águas do planeta, os quais formam uma camada descontínua sobre a superfície da Terra.[1]

O termo hidrosfera vem do grego: hidro + esfera = esfera da água. Compreende todos os rios, ribeirões, córregos, riachos, lagos, lagoas, mares, oceanos e todas as águas subterrâneas, bem como as águas marinhas e salobras, águas glaciais e lençóis de gelo, vapor de água, as quais correspondem a 70% de toda a superfície terrestre, sendo que os oceanos são responsáveis por 97,2% de toda a água, isso significa que cerca de 2/3 da superfície terrestre é coberta por oceanos.[1] A hidrosfera é uma das divisões da biosfera. Incluem-se na hidrosfera todos os organismos vivos que habitam na água ou dependem dela e também todos os habitats aquáticos.

A hidrosfera e a atmosfera juntas permitem a vida no planeta, tendo sido também os agentes formadores dos mais importantes combustíveis fósseis: o petróleo e o carvão.

Compõe junto com a atmosfera e a litosfera as três principais camadas da Terra.

Hidrosfera da Terra

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Esquema do ciclo hidrológico (ou ciclo da água).

A hidrosfera da Terra consiste principalmente em oceanos, mas inclui todos os ambientes aquáticos, como citado anteriormente. A profundidade do oceano é de 3794 m (em média), mais de cinco vezes a altura média dos continentes. A massa dos oceanos é de aproximadamente 1.35 x 1018 toneladas, ou cerca de 1/4400 da massa total da Terra.

A abundância de água na Terra é uma característica original que distingue nosso chamado "planeta azul" de outros no sistema solar. Aproximadamente 70,8% (97,2% de água do mar e 3% de água doce)[1] da Terra são cobertos de água e somente 29,2% de terra. A órbita solar, o vulcanismo, a gravidade, o efeito estufa e a atmosfera combinam-se para fazer da Terra um planeta de água.

A Terra é provavelmente o único planeta do sistema solar onde se encontra a água em estado líquido. Sem a ação do efeito estufa a água certamente congelaria. Estudos paleontológicos indicam que logo após as cianobactérias colonizarem os oceanos, o efeito estufa teria "falhado", e os oceanos teriam congelado por 10 a 100 milhões de anos. Tal acontecimento é chamado de Snowball Earth (Bola de Neve Terrestre "em inglês").

Em outros planetas, tais como Vênus, a água gasosa é destruída pela radiação ultravioleta do sol, e o hidrogênio é ionizado e afastado pelo vento solar. Este efeito é lento, mas inexorável. Esta é uma hipótese que explica porque Vênus não teria nenhuma água.

Na atmosfera da Terra, uma camada tênue de ozônio dentro da estratosfera absorve a maior parte da radiação ultravioleta, reduzindo seus impactos. O ozônio pode ser produzido em uma atmosfera que contenha uma grande quantidade de oxigênio, produzido na biosfera (através das plantas).

O vulcanismo emite continuamente vapor de água oriundo do interior do planeta. O movimento das placas tectônicas libera dióxido de carbono. Os minerais presentes no interior da Terra contêm grande quantidade de água.[2][3]

 
Ciclo hidrológico: A proporção entre os volumes das três esferas representadas na figura corresponde à dos volumes de água contidos nos continentes, nos oceanos e na atmosfera. As setas indicam a troca de água entre eles

O ciclo da água descreve os métodos de transporte da água na hidrosfera.[4] Este ciclo inclui a água presente abaixo da superfície e nas rochas (litosfera), a água presente nas plantas e nos animais (biosfera), a água que se encontra na superfície e a água que se encontra na atmosfera em forma de vapor, nuvem e chuva.

História

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Há diversas teorias a respeito da formação da hidrosfera na Terra. O planeta contêm proporcionalmente mais água na superfície do que outros corpos existentes no sistema solar.

Uma das hipóteses que tem ganhado popularidade entre cientistas é a de que a Terra esteja sujeita a um período de bombardeio de cometas e asteroides ricos em gelo assim tendo água e mais água. Outra teoria que explica o surgimento da hidrosfera diz que, quando a Terra apresentava temperaturas altíssimas, vulcões expeliam vários gases e vapores de água. Esses vapores favoreceram a ocorrência de chuvas, que resfriaram e amenizaram a temperatura do planeta.[5]

Idades do gelo

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Glaciar no Alasca, EUA.
 Ver artigo principal: Idade do gelo

Durante a história da Terra houve uma série de períodos em que uma parcela significativa da hidrosfera ficou congelada, sendo assim, ficou no estado sólido. Durante esse período, acredita-se que o gelo do mar se estendeu até a região da linha do Equador.

Teriam acontecido quatro idades do gelo principais durante a história terrestre. A última há aproximadamente 4107 anos atrás e ganhou intensidade durante o pleistoceno.

Os indícios da existência dessa era são bastantes evidentes até mesmo para as nossas épocas. A existência de fósseis de animais extintos, como dinossauros (répteis), e certas características em animais sobreviventes nos períodos atuais mostram fortemente os indícios da sua existência.

Em praticamente todos os ambientes aquáticos existentes na atmosfera possibilitam o surgimento e o desenvolvimento de seres vivos. O ciclo da água permite a purificação natural da água salgada e doce. Através da evaporação é removido grande parte dos poluentes existentes na atmosfera, purificando-a. Embora a maior parte da vida na Terra existir nos oceanos e outros ambientes aquáticos, os seres humanos estão particularmente interessados na hidrosfera porque esta fornece água para o consumo humano.

Outras hidrosferas

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Acredita-se que possa existir uma hidrosfera "grossa" em torno do satélite Europa, do planeta Júpiter. A camada exterior desta hidrosfera seria congelada quase inteiramente, mas os modelos atuais predizem que há um oceano até 100 quilômetros dentro - a profundidade debaixo do gelo.

Sugeriu-se que o satélite Ganímedes, também de Júpiter, pode também possuir um oceano subsuperficial. Entretanto, acredita-se que a camada exterior desta atmosfera seja mais "grossa" do que a existente em Europa.

A Hidrosfera é a camada de água dos oceanos, uma das mais importantes para a nossa sobrevivência.

Ver também

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Referências

  1. a b c de Freitas, Eduardo. «Hidrosfera». Brasil Escola. Consultado em 2 de fevereiro de 2014 
  2. Miranda, Evaristo Eduardo de (1995). Ecologia. [S.l.]: Edicoes Loyola. p. 58. ISBN 8515012561 
  3. Ministério da Marinha do Brasil. Revista marítima brasileira, Volume 120. Ministério da Marinha, 2000. pp. 179.
  4. Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Ciência e cultura, Volume 35, Páginas 557-1216. Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 1983. pp. 684.
  5. Dantas, Tiago. «Hidrosfera». UOL. Mundo Educação. Consultado em 2 de fevereiro de 2014