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David Malet Armstrong: diferenças entre revisões

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'''David Malet Armstrong''' ([[Melbourne]], [[8 de julho]] de [[1926]] - [[Sydney]], [[13 de maio]] de [[2014]]) foi um filósofo australiano conhecido pelos seus trabalhos no campo da [[filosofia da mente]] e [[metafísica]].<ref>{{Citar web|url=https://www.smh.com.au/national/david-armstrong-philosopher-with-an-international-reputation-20140606-zs006.html|titulo=David Armstrong, philosopher with an international reputation|data=2014-06-07|acessodata=2018-05-28|obra=The Sydney Morning Herald|lingua=en}}</ref>
'''David Malet Armstrong''' ([[Melbourne]], [[8 de julho]] de [[1926]] - [[Sydney]], [[13 de maio]] de [[2014]]) foi um filósofo australiano conhecido pelos seus trabalhos no campo da [[filosofia da mente]] e [[metafísica]].<ref>{{Citar web|url=https://www.smh.com.au/national/david-armstrong-philosopher-with-an-international-reputation-20140606-zs006.html|titulo=David Armstrong, philosopher with an international reputation|data=2014-06-07|acessodata=2018-05-28|obra=The Sydney Morning Herald|lingua=en}}</ref>


== Carreira ==
==Filosofia e obra filosófica==
Ele é bem conhecido por seu trabalho sobre [[metafísica]] e [[filosofia da mente]], e por sua defesa de uma [[ontologia]] factualista, uma teoria funcionalista da mente, uma epistemologia externalista e uma concepção necessitariana das [[leis da natureza]].<ref>Brown, S.; Collinson, D.; Wilkinson, R., eds. (1996). ''Biographical Dictionary of Twentieth-Century Philosophers''. pp. 31–32. ISBN 978-0-415-06043-1</ref>
Aluno de [[John Anderson (filósofo)|John Anderson]] na [[Universidade de Sydney]], nos finais da década de 1940, seguiu o seu [[naturalismo]], defendendo que a [[realidade]] era constituída pelo sistema espácio-temporal único, sem que a humanidade tivesse qualquer lugar privilegiado nesse sistema. Seguidor de Anderson também na sua teoria sobre a sociedade, nomeadamente na crítica ao [[totalitarismo]], e em particular o [[comunismo]].<ref>Dicionário de Filosofia coordenado por Thomas Mautner. Edições 70, 2010</ref>


[[Keith Campbell]] disse que as contribuições de Armstrong para a metafísica e epistemologia "ajudaram a moldar a agenda da filosofia e os termos do debate", e que o trabalho de Armstrong "sempre se preocupou em elaborar e defender uma filosofia que seja onticamente [[econômica]], sinótica e compatível com os resultados estabelecidos nas [[ciências naturais]]".<ref>Jaegwon Kim; Ernest Sosa; Gary S. Rosenkrantz, eds. (2009). ''A Companion to Metaphysics'' (2nd ed.). Wiley-Blackwell. pp. 126–127.</ref>
Em 1961, com ''“Perception anda the Physical World”'', o seu primeiro trabalho sobre a teoria da [[percepção]]. A percepção não era mais do que a aquisição de crenças e informação abaixo da linguagem sobre o ambiente e o estado corpóreo de quem percepciona.


== Filosofia ==
Em 1968, com ''“A Materialist Theory of the Mind”'', argumentou que o mental devia ser definido em termos puramente causais, mas depois identificados como processos puramente físicos no cérebro e em estados do cérebro. Embora tendo sido influenciado posteriormente por [[Ramsey]], as crenças são identificadas como mapas mentais através dos quais nos orientamos.
A filosofia de Armstrong é amplamente naturalista. Em ''Sketch for a Systematic Metaphysics'', Armstrong afirma que seu sistema filosófico repousa sobre "a suposição de que tudo o que existe é o mundo espaço-temporal, o mundo físico como dizemos". Ele justifica isso dizendo que o mundo físico "parece obviamente existir", enquanto outras coisas "parecem muito mais hipotéticas". Desse pressuposto fundamental decorre uma rejeição de objetos abstratos, incluindo formas platônicas.<ref>{{cite book|title=Sketch for a Systematic Metaphysics|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Oxford University Press]]|isbn=978-0-19-965591-5|year=2010|pages=1–2}}</ref>


O desenvolvimento de Armstrong como filósofo foi fortemente influenciado por John Anderson, David Lewis e [[J. J. C. Smart]],<ref>{{cite book|url=http://www.ditext.com/armstrong/kramer.html|title=Matters of the Mind: Poems, Essays and Interviews in Honour of Leonie Kramer|last1=Armstrong|first1=D. M.|publisher=[[University of Sydney]]|chapter=Interview|isbn=978-1-86487-362-7|editor-last2=Runcie|editor-first2=Catherine|year=2001|editor-last1=Jobling|editor-first1=Lee|pages=322–332}}</ref> bem como por Ullin Place, [[Herbert Feigl]], [[Gilbert Ryle]] e [[G. E. Moore]].<ref>{{cite encyclopedia|url=http://books.publishing.monash.edu/apps/bookworm/view/A+Companion+to+Philosophy+in+Australia+and+New+Zealand/56/xhtml/chapter01.html#chapter01sec09|title=Armstrong, D.M.|publisher=[[Monash University Publishing]]|year=2010|isbn=978-0-9806512-0-1|archive-url=https://web.archive.org/web/20120308020513/http://books.publishing.monash.edu/apps/bookworm/view/A+Companion+to+Philosophy+in+Australia+and+New+Zealand/56/xhtml/chapter01.html#chapter01sec09|archive-date=2012-03-08|url-status=dead|last1=Forrest|first1=P.|author-link=Peter Forrest (philosopher)|editor-last1=Oppy|editor-first1=G.|editor-last2=Trakakis|editor-first2=N. N.|encyclopedia=Companion to Philosophy in Australia and New Zealand}}</ref> Armstrong colaborou com C. B. Martin em uma coleção de ensaios críticos sobre [[John Locke]] e [[George Berkeley]].<ref>{{Cite book|title=Locke and Berkeley: A Collection of Critical Essays|last1=Armstrong|first1=D. M.|last2=Martin|first2=C. B.|publisher=[[Anchor Books]]|isbn=978-0-268-00562-7|year=1969}}</ref>
Em 1978, com ''“Universals and Scientific Realism”'', aceita a existência objectiva de qualidades e relações independentes da mente. Caberia aos cientistas e não aos filósofos estabelecer que propriedades e relações o mundo contém exactamente. Assim, defende a existência de [[Universal|universais]], uma posição relativamente invulgar para um [[empirista]].


A filosofia de Armstrong, embora sistemática, não gasta tempo com questões sociais ou éticas, e também não tenta construir uma filosofia da linguagem. Certa vez, ele descreveu seu slogan como "Put semantics last" e, em ''Universals & Scientific Realism'', ele rebate um argumento a favor da teoria das formas de Platão que se baseia na semântica, descrevendo "uma longa mas, eu acho, em toda a tradição desacreditada que tenta resolver questões ontológicas com base em considerações semânticas".<ref>{{cite book|title=Nominalism & Realism|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Cambridge University Press]]|series=Universals & Scientific Realism|volume=1|isbn=978-0-521-28033-4|year=1980|page=65}}</ref>
Em 1983, com ''“What is a Law of Nature?”'', critica a ideia de as leis da natureza serem meras regularidades no comportamento das coisas. Em vez disso, seriam conexões universais que explicam as regularidades.


=== Metafísica ===
Em 1989, surgiu ''“Universals”'', um trabalho sobre a teoria das possibilidades. As possibilidades eram recombinações ficcionais de entidades efectivamente existentes.


==== Universais ====
Em 1997, tenta esboçar uma metafísica ou ontologia em ''“A World of States of Affairs”''. Aqui, argumenta o mundo como um estado de coisas, que correspondiam aos factos de [[Russell]] e [[Wittgenstein]].
Na metafísica, Armstrong defende a visão de que os universais existem (embora os universais platônicos não instanciados não existam). Esses universais coincidem com as partículas fundamentais de que a ciência nos fala.<ref name="Universals">{{cite book|title=Universals|last1=Armstrong|first1=D. M.|publisher=[[Westview Press]]|isbn=978-0-8133-0763-3|ol=2211958M|year=1989}}</ref> Armstrong descreve sua filosofia como uma forma de realismo científico.<ref>{{Citation|last1=Armstrong|first1=D. M.|year=1980|title=A Theory of Universals|publisher=[[Cambridge University Press]]|isbn=978-0-521-28032-7|ol=7735301M}}</ref>


Os universais de Armstrong são "esparsos": nem todo predicado terá uma propriedade de acompanhamento, mas apenas aqueles que são considerados básicos pela investigação científica. A ontologia final dos universais só seria realizada com a conclusão da ciência física. A massa seria, portanto, um universal (sujeito a que a massa não fosse descartada pelos futuros físicos). Armstrong percebe que precisaremos nos referir e usar propriedades que não são consideradas universais em sua ontologia esparsa – por exemplo, ser capaz de se referir a algo ''sendo um jogo'' (para usar o exemplo das ''[[Investigações Filosóficas]]'' de [[Wittgenstein]]). Armstrong sugere então que existe uma relação de superveniência entre essas propriedades de segunda ordem e os universais ontologicamente autênticos que nos são dados pela física.<ref>{{cite book|title=Sketch for a Systematic Metaphysics|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Oxford University Press]]|isbn=978-0-19-965591-5|year=2010|pages=19–20}}</ref>
Em 2004, com ''“Truth and Thruthmakers”'' procurou desenvolver um processo de aplicar a teoria do [[veridador]] de uma forma mais sistemática à sua própria [[ontologia]].


A teoria dos universais de Armstrong trata as relações como não tendo nenhuma dificuldade ontológica particular, elas podem ser tratadas da mesma forma que as propriedades não relacionais. Como a teoria dos universais de Armstrong lida com relações com adicidades variadas foi levantada como uma questão por Fraser MacBride.<ref>{{Cite journal |title=The Particular–Universal Distinction: A Dogma of Metaphysics? |journal=[[Mind (journal)|Mind]] |issue=455 |last=MacBride |first=F. |year=2005 |pages=565–614 |doi=10.1093/mind/fzi565 |volume=114}}</ref> MacBride argumenta que pode haver relações em que o número de termos na relação varia entre instâncias. A resposta de Armstrong é afirmar uma teoria que ele descreve como o Princípio da Invariância Instancial, em que a adicidade das propriedades são essenciais e invariantes. De acordo com Armstrong, relações complexas que parecem desafiar o princípio não são ontologicamente reais, mas são propriedades de segunda ordem que podem ser reduzidas a propriedades mais básicas que subscrevem o Princípio da Invariância Instancial.<ref>{{cite book|title=Sketch for a Systematic Metaphysics|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Oxford University Press]]|isbn=978-0-19-965591-5|year=2010|pages=23–25}}</ref>

Armstrong rejeita contas nominalistas de propriedades que tentam alinhar propriedades simplesmente com classes. A coextensão é um problema que eles enfrentam: se as propriedades são simplesmente classes, em um mundo onde todas as coisas azuis também são molhadas, e todas as coisas molhadas também são azuis, os nominalistas de classe são incapazes de fazer uma distinção entre a propriedade de ser azul e ser molhado. Ele fornece uma analogia ao argumento em ''Eutífron'': dizer que os elétrons são elétrons porque fazem parte da classe dos elétrons coloca a carroça à frente dos bois. Eles fazem parte da classe dos elétrons ''porque'' ''são'' [[Elétron|elétrons]].<ref>{{harvnb|Mumford|2007|pp=23–24}}</ref>

Na visão de Armstrong, os nominialismos também podem ser criticados por produzirem uma teoria da realidade. Os objetos têm estrutura: eles têm partes, essas partes são feitas de moléculas, que por sua vez são compostas por átomos em relação uns aos outros, que por sua vez são formados por partículas subatômicas e assim por diante. A blobbiness também ameaça os universais platônicos: um particular instanciando um universal em um mundo de universais platônicos torna-se uma questão de o blob-particular ter uma relação com um universal ''em outro lugar'' (no céu platônico, digamos), em vez de ter uma relação interna da maneira que um elemento químico faz com um átomo constituinte.<ref name="Universals" />

Armstrong rejeita ainda os nominalismos que negam que propriedades e relações existam na realidade porque ele sugere que esses tipos de nominalismos, referindo-se especificamente ao que ele chama de nominalismo de classe, e semelhança nominalismo, postulam primitivos de pertencimento de classe ou semelhança.<ref>{{cite book|title=Universals: An Opinionated Introduction|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=Boulder: Westview Press|year=1989|pages=37, 41}}</ref> Essa primitiva resulta em uma regressão viciosa para ambos os tipos de nominalismos,<ref>{{cite book|title=Nominalism & Realism|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Cambridge University Press]]|series=Universals & Scientific Realism|volume=1|isbn=978-0-521-28033-4|year=1980|page=42}}</ref> sugere Armstrong, motivando assim seu sistema baseado em estados de coisas que une propriedades postulando um laço primitivo de instanciação<ref name=":0">{{cite book|title=Universals: An Opinionated Introduction|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=Boulder: Westview Press|year=1989|page=110}}</ref> baseado em uma ontologia de fatos,<ref name=":0" /> chamada estados de coisas.<ref>{{cite book|title=A World of States of Affairs|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=Cambridge: Cambridge University Press|year=1997|page=40}}</ref>

Em termos da origem da visão de Armstrong sobre os universais, Armstrong diz que sua visão dos universais é "território relativamente inexplorado", mas aponta para o artigo de [[Hilary Putnam]] de 1970 "On Properties" como um possível precursor.<ref>{{cite book|title=Essays in Honour of Carl G. Hempel|last=Putnam|first=H.|publisher=[[Springer (publisher)|Springer]]|editor-last=Rescher|editor-first=N.|chapter=On Properties|isbn=978-94-017-1466-2|year=1970}}

: Reprinted in {{cite book|url=https://archive.org/details/mathematicsmatte0001putn|title=Mathematics, Matter and Method|last=Putnam|first=H.|publisher=[[Cambridge University Press]]|series=Philosophical Papers|volume=1|isbn=978-0-521-20665-5|year=1975|url-access=}}</ref> Ele também diz que "Platão, em suas obras posteriores, Aristóteles e os realistas escolásticos estavam à frente da filosofia contemporânea nesta questão, embora prejudicados pelo relativo atraso da ciência e da metodologia científica de sua época".<ref>{{cite book|title=Nominalism & Realism|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Cambridge University Press]]|series=Universals & Scientific Realism|volume=1|isbn=978-0-521-28033-4|year=1980|page=xv}}</ref>

==== Estados das coisas ====
Central para a filosofia de Armstrong é a ideia de estados de coisas ("fatos" na terminologia de Russell): em ''Sketch for a Systematic Metaphysics'', Armstrong afirma que os estados de coisas são "''as'' estruturas fundamentais na realidade".<ref>{{cite book|title=Sketch for a Systematic Metaphysics|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Oxford University Press]]|isbn=978-0-19-965591-5|year=2010|pages=36}}</ref> Um estado de coisas grosso modo colocado é uma instanciação de um particular e um universal: um estado de coisas pode ser que um átomo particular existe, instanciando um universal (digamos, que é de um elemento particular, se os elementos químicos são finalmente aceitos como parte dos universais de Armstrong). Os particulares na ontologia de Armstrong devem ter pelo menos um universal – assim como ele rejeita universais não instanciados, ele também rejeita "particulares não apropriados".<ref>{{harvnb|Mumford|2007|p=29}}</ref>

Armstrong argumenta que estados de coisas são coisas distintas na ontologia porque são mais do que a soma de suas partes. Se algum ''a particular tem'' uma relação não-simétrica ''R'' com outro ''b'' particular, então ''R (a, b)'' difere de ''R (b, a)''. Pode ser o caso de ''R (a, b)'' obter no mundo, mas ''R (b, a)'' não. Sem estados de coisas instanciando os particulares e universais (incluindo as relações), não podemos explicar a verdade de um caso e a falsidade do outro.<ref name="Universals" />

==== Leis da natureza ====
A teoria dos universais de Armstrong dá-lhe a base para uma compreensão das leis da natureza como sendo relações entre universais, um relato não-humeano das leis da natureza proposto independentemente por Armstrong,<ref>{{cite book|title=What is a Law of Nature|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Cambridge University Press]]|isbn=978-0-521-31481-7|year=1983}}</ref> Michael Tooley,<ref>{{Cite journal |title=The Nature of Laws |journal=[[Canadian Journal of Philosophy]] |issue=4 |last=Tooley |first=M. |year=1977 |pages=667–698 |doi=10.1080/00455091.1977.10716190 |jstor=40230714 |volume=7 |s2cid=159913474}}</ref> e [[Fred Dretske]].<ref>{{Cite journal |title=Laws of Nature |journal=[[Philosophy of Science (journal)|Philosophy of Science]] |issue=2 |last=Dretske |first=F. |year=1977 |pages=248–268 |doi=10.1086/288741 |jstor=187350 |volume=44 |s2cid=119760906}}</ref> Este relato postula que as relações entre universais são verdadeiras para as afirmações sobre as leis físicas, e é realista ao aceitar que as leis da natureza são uma característica do mundo e não apenas uma maneira como falamos sobre o mundo. Armstrong identifica as leis como mantendo entre universais em vez de particulares, pois um relato de leis envolvendo apenas particulares em vez de universais não explicaria adequadamente como as leis da natureza operam no caso de contrafactuais.<ref>{{harvnb|Mumford|2007|p=45}}</ref>

Para ilustrar a teoria, Stephen Mumford dá o exemplo de ''que todos os corvos são negros''. Sob a teoria de Armstrong, Tooley e Dretske, há uma relação de necessidade entre a vorazidade universal e a negritude, em vez de haver uma relação com cada corvo. Isso permite a explicação de leis da natureza que não foram instanciadas. Mumford cita o exemplo frequentemente usado do pássaro [[moa]]: "Supõe-se que todas as aves desta espécie agora extinta morreram em tenra idade, embora não por causa de nada em sua composição genética. Pelo contrário, morreu principalmente por causa de algum vírus que acabou de varrer a população. Uma ave poderia ter escapado do vírus apenas para ser comida por um predador na véspera de seu cinquentenário."  Sob a teoria de Armstrong, Tooley e Dretske, tal coincidência não seria uma lei da natureza.<ref>{{cite book|title=The Routledge Companion to Metaphysics|last=Mumford|first=S.|publisher=Routledge|chapter=Laws and Dispositions|isbn=978-0-415-39631-8|editor-last2=Peter|editor-first2=S.|editor-last3=McGonigal|editor-first3=A.|editor-last4=Cameron|editor-first4=R. P.|year=2009|editor-last1=Le Poidevin|editor-first1=R.|pages=472–473}}</ref>

==== Disposição ====
Armstrong rejeita o disposicionalismo, a ideia de que as propriedades disposicionais (ou poderes, como às vezes são referidos) são ontologicamente significativas e têm um papel importante na explicação das [[Leis da natureza|leis da natureza]].<ref>{{cite encyclopedia|last2=Fara|first2=M.|url=http://plato.stanford.edu/entries/dispositions|title=Dispositions|date=2014|publisher=[[Stanford University]]|editor-last=Zalta|editor-first=E. N.|last1=Choi|first1=S|encyclopedia=[[Stanford Encyclopedia of Philosophy]]}}</ref> Armstrong acredita que o desafio que o disposicionalismo apresenta para seu relato das leis da natureza não está no caso de disposições ''manifestadas'' (digamos, um vidro caindo no chão e quebrando), mas disposições ''não manifestadas'' (o fato de que contrafactualmente se alguém fosse jogar o vidro no chão, ''seria'' intervalo). Armstrong simplesmente afirma que a disposição está simplesmente na natureza das propriedades instanciadas da coisa que se supõe ter a disposição.<ref>{{cite book|title=Sketch for a Systematic Metaphysics|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Oxford University Press]]|isbn=978-0-19-965591-5|year=2010|pages=48–53}}</ref>

==== Verdade e fazedores de verdade ====
Em relação à verdade, Armstrong mantém o que ele descreve como uma "versão maximalista" da teoria do criador da verdade: ele acredita que toda verdade tem um criador da verdade, embora não exista necessariamente um mapeamento um-para-um entre a verdade e o criador da verdade.<ref>{{harvnb|Mumford|2007|p=171}}</ref> A possibilidade de uma para muitas relações entre verdades e fazedores de verdade é uma característica que Armstrong acredita que permite que a teoria do criador da verdade responda a algumas das críticas feitas às teorias mais antigas da correspondência da verdade (das quais ele acredita que a teoria do criador da verdade seja uma versão melhorada).<ref>{{cite book|title=Sketch for a Systematic Metaphysics|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Oxford University Press]]|isbn=978-0-19-965591-5|year=2010|pages=61–66}}</ref> As verdades negativas têm verdades no relato de Armstrong: ele dá o exemplo de uma parede pintada de verde. A parede sendo pintada de verde é uma verdade pela proposição de que ''não'' é pintada de branco ''e'' a proposição de que ''não'' é pintada de vermelho e assim por diante.<ref>{{cite book|title=Truths and Truthmakers|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Cambridge University Press]]|isbn=978-0-521-54723-9|year=2004|page=24}}</ref>

A dificuldade em fornecer um relato adequado dos fazedores da verdade para eventos no passado é uma das razões que Armstrong dá para rejeitar o [[presentismo]] – a visão de que apenas o presente existe (outra razão é a incompatibilidade de tal visão com a [[relatividade especial]]). Os presentistas, argumenta Armstrong, devem negar que os fazedores de verdade são necessários para declarações sobre o passado, ou respondê-los "postulando fazedores de verdade bastante estranhos".<ref>{{cite book|title=Sketch for a Systematic Metaphysics|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Oxford University Press]]|isbn=978-0-19-965591-5|year=2010|pages=105}}</ref>

==== Mente ====
Armstrong defende uma teoria fisicalista e funcionalista da mente. Ele inicialmente foi atraído por ''O Conceito de Mente'' de [[Gilbert Ryle]] e pela rejeição do dualismo cartesiano. Armstrong não aceitava o behaviorismo e, em vez disso, defendeu uma teoria que ele chamou de "teoria do estado central", que identifica os estados mentais com o estado do sistema nervoso central. Em ''A Materialist Theory of the Mind'', ele aceitou que estados mentais como a consciência existem, mas afirmou que eles podem ser explicados como fenômenos físicos.<ref>{{harvnb|Mumford|2007|pp=133–140}}</ref> Armstrong atribui sua adoção da teoria do estado central ao trabalho de [[J. J. C. Smart]] – especificamente o artigo 'Sensations and Brain Processes' – e traça a linhagem a partir daí para o artigo de Ullin Place de 1956 "Is Consciousness a Brain Process?".<ref>{{cite book|title=Sketch for a Systematic Metaphysics|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Oxford University Press]]|isbn=978-0-19-965591-5|year=2010|pages=101}}</ref>

Stephen Mumford disse que ''A Materialist Theory of the Mind de'' Armstrong "representa uma declaração autoritária do materialismo australiano e foi, e ainda é, uma peça seminal da filosofia".<ref>{{harvnb|Mumford|2007|p=130}}</ref>

=== Epistemologia ===
A visão de Armstrong sobre o conhecimento é que as condições do conhecimento são satisfeitas quando você tem uma crença verdadeira justificada que você chegou através de um processo confiável: isto é, a crença foi causada por algum fator no mundo externo (daí o rótulo de externalismo). Armstrong usa a analogia de um [[termômetro]]: como um termômetro muda para refletir a temperatura do ambiente em que está, as crenças de alguém também devem ser formadas de forma confiável. A conexão entre o conhecimento e o mundo externo, para Armstrong, é uma relação nomológica (isto é, uma relação de lei da natureza).<ref>{{Citation|last=Lehrer|first=K.|year=2000|title=Theory of knowledge|page=178|publisher=[[Westview Press]]|isbn=978-0-8133-9053-6|ol=6787085M}}</ref> Aqui, a visão de Armstrong é amplamente semelhante à de [[Alvin Goldman]] e [[Robert Nozick]].<ref>{{Citation|last=Pollock|first=J. L.|year=1999|title=Contemporary theories of knowledge|pages=13|publisher=[[Rowman & Littlefield]]|isbn=978-0-8476-8936-1|ol=31726M}}</ref> As intuições que levam a esse tipo de externalismo levaram [[Alvin Plantinga]] a um relato do conhecimento que acrescentou a exigência de sistemas cognitivos "funcionando adequadamente" operando de acordo com um plano de projeto.<ref>{{Citation|last=Plantinga|first=A.|year=1993|title=Warrant and proper function|publisher=[[Oxford University Press]]|isbn=978-0-19-507863-3|ol=1700198M}}</ref>

==== Crença ====
Sobre a questão da relação entre crenças e conhecimento, Armstrong defende uma "fraca aceitação" da condição de crença, ou seja, que se se pode dizer que uma pessoa sabe alguma coisa ''p'', ela acredita ''p''. Em um artigo para a Sociedade Aristotélica, Armstrong rejeita uma série de argumentos linguísticos para uma rejeição da condição de crença que argumentam que se pode ter conhecimento sem ter crença porque um uso comum da palavra "crença" implica falta de conhecimento – Armstrong dá o exemplo de se você perguntasse a um homem em uma estação de trem se o trem acabou de sair e ele dissesse "Eu acredito que sim", você tiraria disso que ele não ''sabe'' que tem.<ref name="PAS">{{Cite journal |title=Does Knowledge Entail Belief? |journal=[[Proceedings of the Aristotelian Society]] |last=Armstrong |first=D. M. |year=1969 |pages=21–36 |doi=10.1093/aristotelian/70.1.21 |jstor=4544782 |volume=70}}</ref>

Armstrong também argumenta que crenças contraditórias mostram que ''há'' uma conexão entre crenças e conhecimento. Ele dá o exemplo de uma mulher que descobriu que seu marido está morto, mas não consegue ''acreditar que'' seu marido está morto. Ela acredita e desacredita que seu marido está morto: acontece que uma de suas duas crenças é justificada, verdadeira e satisfaz algumas condições de conhecimento.<ref name="PAS" /><ref name="Mumford 2007 155">{{harvnb|Mumford|2007|p=155}}</ref>

Armstrong apresenta uma resposta à versão modificada de Colin Radford do exemplo do "examinando inseguro". Um estudante é questionado quando a rainha Elizabeth I morreu, e ele hesitante responde "1603" e não demonstra confiança em sua resposta. Esqueceu-se de que, em algum momento anterior, estudou história inglesa. Radford apresenta isso como um exemplo de conhecimento sem crença. Mas Armstrong diverge sobre isso: o examinando inseguro tem uma crença de que a rainha Elizabeth I morreu em 1603, ele sabe que ela morreu em 1603, mas ele não ''sabe que sabe''. Armstrong rejeita o Princípio KK – que para saber alguma coisa ''p'', é preciso saber que se sabe ''p''.<ref name="PAS" /><ref name="Mumford 2007 155" /> A rejeição de Armstrong do Princípio KK é consistente com seu projeto externalista mais amplo.<ref>{{cite encyclopedia|last=Hemp|first=D.|url=http://www.iep.utm.edu/kk-princ/|title=The KK (Knowing that One Knows) Principle|date=2006|access-date=|encyclopedia=[[Internet Encyclopedia of Philosophy]]}}</ref>

== Publicações ==

=== Livros ===

* {{cite book|url=https://archive.org/details/berkeleystheoryo0000arms|title=Berkeley's Theory of Vision|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Melbourne University Press]]|ol=2981233W|author-mask=2|year=1960|url-access=}}
* {{cite book|title=Perception and the Physical World|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Routledge & Kegan Paul]]|isbn=978-0-7100-3603-2|author-mask=2|year=1961}}
* {{cite book|title=Bodily Sensations|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=Routledge & Kegan Paul|ol=5873805M|author-mask=2|year=1962}}
* {{cite book|url=https://archive.org/details/materialisttheor00arms|title=A Materialist Theory of the Mind|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=Routledge & Kegan Paul|isbn=978-0-415-10031-1|author-mask=2|year=1968|url-access=}}
* {{cite book|url=https://archive.org/details/belieftruthknowl0000arms|title=Belief, Truth and Knowledge|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Cambridge University Press]]|isbn=978-0-521-08706-3|author-mask=2|year=1973|url-access=}}
* {{cite book|title=Universals and Scientific Realism|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-0-521-21741-5|author-mask=2|year=1978}}
* {{cite book|title=The Nature of Mind and Other Essays|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=[[Cornell University Press]]|isbn=978-0-8014-1353-7|author-mask=2|year=1981}}
* {{cite book|title=What is a Law of Nature?|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-0-521-25343-7|author-mask=2|year=1983}}
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* {{cite book|title=Truth and Truthmakers|last=Armstrong|first=D. M.|publisher=Cambridge University Press|isbn=978-0-521-83832-0|author-mask=2|year=2004}}
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=== Artigos selecionados ===

* {{cite journal |title=Is Introspective Knowledge Incorrigible? |journal=[[Philosophical Review]] |issue=4 |last=Armstrong |first=D. M. |year=1963 |pages=417–432 |doi=10.2307/2183028 |jstor=2183028 |volume=72 |author-mask=}}
* {{cite journal |title=Meaning and Communication |journal=[[Philosophical Review]] |issue=4 |last=Armstrong |first=D. M. |year=1971 |pages=427–447 |doi=10.2307/2183752 |jstor=2183752 |volume=80 |author-mask=2}}
* {{cite journal |url=http://www.humanities.org.au/Portals/0/documents/Publications/Proceedings/Proc1983.pdf |title=Alan Ker Stout, 1900–1983 |journal=Proceedings of the Australian Academy of the Humanities |last=Armstrong |first=D. M. |year=1984 |pages=106–109
<!--|isbn = 978-0-909897-07-9--> |archive-url=https://web.archive.org/web/20150922215749/http://www.humanities.org.au/Portals/0/documents/Publications/Proceedings/Proc1983.pdf |archive-date=2015 |volume=12 |author-mask=2 |url-status=dead |df=dmy-all}}
* {{cite journal |title=An Argument against David Lewis' Theory of Possible Worlds |journal=[[Australasian Journal of Philosophy]] |issue=2 |last2=Armstrong |first2=D. M. |year=1984 |pages=164–168 |doi=10.1080/00048408412341351 |volume=62 |last1=Forrest |author-link=Peter Forrest (philosopher) |first1=P. |author-mask2=2}}
* {{cite journal |title=Classes are States of Affairs |journal=[[Mind (journal)|Mind]] |issue=2 |last=Armstrong |first=D. M. |year=1991 |pages=189–200 |doi=10.1093/mind/C.398.189 |jstor=2254866 |volume=100 |author-mask=2}}
* {{cite book|url=http://www.ditext.com/armstrong/swans.html|title=Proceedings of the 23rd International Wittgenstein Symposium|last=Armstrong|first=D. M.|chapter=Black Swans: The formative influences in Australian philosophy|editor-last2=Smith|editor-first2=B.|author-mask=2|year=2000|editor-last1=Brogaard|editor-first1=B.}}

=== Diversos ===

* {{cite book|url=http://www.ditext.com/armstrong/kramer.html|title=Matters of the Mind: Poems, Essays and Interviews in Honour of Leonie Kramer|last1=Armstrong|first1=D. M.|publisher=[[University of Sydney]]|chapter=Interview|isbn=978-1-86487-362-7|editor-last2=Runcie|editor-first2=Catherine|author-mask=2|year=2001|editor-last1=Jobling|editor-first1=Lee|pages=322–332}}
* {{cite journal |url=https://www.academia.edu/887484 |title=Revisionary Metaphysics: An interview with D. M. Armstrong |journal=Theoria |issue=1 |last2=Brinck |first2=Ingar |year=2005 |pages=3–19 |doi=10.1111/j.1755-2567.2005.tb01001.x |volume=71 |last1=Maurin |first1=Anna-Sofia}}
{{Referências}}
{{Referências}}

== Leitura adicional ==

* {{cite book|url=https://global.oup.com/academic/product/armstrongs-materialist-theory-of-mind-9780192843722|title=Armstrong's Materialist Theory of Mind|publisher=Oxford University Press|isbn=9780192843722|editor-last2=Braddon-Mitchell|editor-first2=D.|editor-last1=Anstey|editor-first1=P.|year=2021}}
* {{cite book|title=Ontology, Causality, and Mind: Essays in Honour of D.M. Armstrong|publisher=[[Cambridge University Press]]|isbn=978-0-521-41562-0|editor-last2=Campbell|editor-first2=K.|editor-last3=Reinhardt|editor-first3=L.|editor-last1=Bacon|editor-first1=J.|year=1993}}
* {{cite book|url=https://archive.org/details/dmarmstrong1984unse|title=D.M. Armstrong|publisher=[[D. Reidel]]|isbn=978-90-277-1657-6|editor-last1=Bogdan|editor-first1=R. J.|year=1984|url-access=}}
* {{cite book|title=Corrupting the Youth: A History of Philosophy in Australia|last1=Franklin|first1=J.|publisher=[[Macleay Press]]|isbn=978-1-876492-08-3|year=2003|at=Chapters [http://www.maths.unsw.edu.au/~jim/corruptingtheyouthch9.pdf 9], [http://www.maths.unsw.edu.au/~jim/corruptingtheyouthch11.pdf 11], [http://www.maths.unsw.edu.au/~jim/corruptingtheyouthch12.pdf 12]}}
* {{cite web|last=Irvine|first=A.|url=https://quadrant.org.au/magazine/2014/03/david-armstrong-australian-materialism/|title=David Armstrong and Australian Materialism|date=2014|work=[[Quadrant (magazine)|Quadrant]]|pages=36–39}}
* {{cite web|last=Irvine|first=A.|url=https://quadrant.org.au/magazine/2014/03/david-armstrong-readers-guide/|title=David Armstrong: A Reader's Guide|date=2014|work=[[Quadrant (magazine)|Quadrant]]|pages=40–41}}
* {{cite book|title=David Armstrong|last1=Mumford|first1=S.|publisher=[[Acumen Publishing]]|isbn=978-1-84465-100-9|year=2007}}
* {{cite web|last=Stove|first=D.|url=https://quadrant.org.au/magazine/2014/03/tribute-david-armstrong/|title=A Tribute to David Armstrong|date=2014|work=[[Quadrant (magazine)|Quadrant]]|pages=42–43}}


==Ligações externas==
==Ligações externas==
*[http://www.ditext.com/armstrong/armstrong.html%20%20 Curriculum Vitae de David Malet Armstrong] {{en}}
*[http://www.ditext.com/armstrong/armstrong.html%20%20 Curriculum Vitae de David Malet Armstrong] {{en}}


* [http://nla.gov.au/nla.ms-ms9363 Guide to the Papers of David Armstrong]
* [http://www.ditext.com/armstrong/armstrong.html David Armstrong's Curriculum Vitae]
* [[Peter Forrest (philosopher)|P. Forrest]], [https://web.archive.org/web/20160304064856/http://books.publishing.monash.edu/apps/bookworm/view/A+Companion+to+Philosophy+in+Australia+and+New+Zealand/56/xhtml/chapter01.html 'Armstrong, D.M.' in ''A Companion to Philosophy in Australia and New Zealand''] (arquivado)
* [https://www.youtube.com/watch?v=KK2_EhCUijw David Armstrong (1926-2014), Sydney philosopher] (vídeo)
* [http://www.pufendorf.se/2004.html?id=405 Armstrong's Pufendorf Lectures 2004]
* [https://www.abc.net.au/radionational/programs/philosopherszone/metaphysics-down-under/3229744 Armstrong speaks about his teacher John Anderson]
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Revisão das 23h03min de 6 de julho de 2024

David Malet Armstrong
David Malet Armstrong
Nascimento 8 de julho de 1926
Melbourne
Morte 13 de maio de 2014 (87 anos)
Sydney
Cidadania Austrália
Alma mater
Ocupação filósofo, professor universitário
Prêmios
  • Membro da Academia Americana de Artes e Ciências
  • Fellow of the Australian Academy of the Humanities (1969)
  • Oficial da Ordem da Austrália (In recognition of service in the discipline of philosophy, Emeritus Professor David Malet ARMSTRONG, 1993)
Empregador(a) Universidade de Sydney

David Malet Armstrong (Melbourne, 8 de julho de 1926 - Sydney, 13 de maio de 2014) foi um filósofo australiano conhecido pelos seus trabalhos no campo da filosofia da mente e metafísica.[1]

Carreira

Ele é bem conhecido por seu trabalho sobre metafísica e filosofia da mente, e por sua defesa de uma ontologia factualista, uma teoria funcionalista da mente, uma epistemologia externalista e uma concepção necessitariana das leis da natureza.[2]

Keith Campbell disse que as contribuições de Armstrong para a metafísica e epistemologia "ajudaram a moldar a agenda da filosofia e os termos do debate", e que o trabalho de Armstrong "sempre se preocupou em elaborar e defender uma filosofia que seja onticamente econômica, sinótica e compatível com os resultados estabelecidos nas ciências naturais".[3]

Filosofia

A filosofia de Armstrong é amplamente naturalista. Em Sketch for a Systematic Metaphysics, Armstrong afirma que seu sistema filosófico repousa sobre "a suposição de que tudo o que existe é o mundo espaço-temporal, o mundo físico como dizemos". Ele justifica isso dizendo que o mundo físico "parece obviamente existir", enquanto outras coisas "parecem muito mais hipotéticas". Desse pressuposto fundamental decorre uma rejeição de objetos abstratos, incluindo formas platônicas.[4]

O desenvolvimento de Armstrong como filósofo foi fortemente influenciado por John Anderson, David Lewis e J. J. C. Smart,[5] bem como por Ullin Place, Herbert Feigl, Gilbert Ryle e G. E. Moore.[6] Armstrong colaborou com C. B. Martin em uma coleção de ensaios críticos sobre John Locke e George Berkeley.[7]

A filosofia de Armstrong, embora sistemática, não gasta tempo com questões sociais ou éticas, e também não tenta construir uma filosofia da linguagem. Certa vez, ele descreveu seu slogan como "Put semantics last" e, em Universals & Scientific Realism, ele rebate um argumento a favor da teoria das formas de Platão que se baseia na semântica, descrevendo "uma longa mas, eu acho, em toda a tradição desacreditada que tenta resolver questões ontológicas com base em considerações semânticas".[8]

Metafísica

Universais

Na metafísica, Armstrong defende a visão de que os universais existem (embora os universais platônicos não instanciados não existam). Esses universais coincidem com as partículas fundamentais de que a ciência nos fala.[9] Armstrong descreve sua filosofia como uma forma de realismo científico.[10]

Os universais de Armstrong são "esparsos": nem todo predicado terá uma propriedade de acompanhamento, mas apenas aqueles que são considerados básicos pela investigação científica. A ontologia final dos universais só seria realizada com a conclusão da ciência física. A massa seria, portanto, um universal (sujeito a que a massa não fosse descartada pelos futuros físicos). Armstrong percebe que precisaremos nos referir e usar propriedades que não são consideradas universais em sua ontologia esparsa – por exemplo, ser capaz de se referir a algo sendo um jogo (para usar o exemplo das Investigações Filosóficas de Wittgenstein). Armstrong sugere então que existe uma relação de superveniência entre essas propriedades de segunda ordem e os universais ontologicamente autênticos que nos são dados pela física.[11]

A teoria dos universais de Armstrong trata as relações como não tendo nenhuma dificuldade ontológica particular, elas podem ser tratadas da mesma forma que as propriedades não relacionais. Como a teoria dos universais de Armstrong lida com relações com adicidades variadas foi levantada como uma questão por Fraser MacBride.[12] MacBride argumenta que pode haver relações em que o número de termos na relação varia entre instâncias. A resposta de Armstrong é afirmar uma teoria que ele descreve como o Princípio da Invariância Instancial, em que a adicidade das propriedades são essenciais e invariantes. De acordo com Armstrong, relações complexas que parecem desafiar o princípio não são ontologicamente reais, mas são propriedades de segunda ordem que podem ser reduzidas a propriedades mais básicas que subscrevem o Princípio da Invariância Instancial.[13]

Armstrong rejeita contas nominalistas de propriedades que tentam alinhar propriedades simplesmente com classes. A coextensão é um problema que eles enfrentam: se as propriedades são simplesmente classes, em um mundo onde todas as coisas azuis também são molhadas, e todas as coisas molhadas também são azuis, os nominalistas de classe são incapazes de fazer uma distinção entre a propriedade de ser azul e ser molhado. Ele fornece uma analogia ao argumento em Eutífron: dizer que os elétrons são elétrons porque fazem parte da classe dos elétrons coloca a carroça à frente dos bois. Eles fazem parte da classe dos elétrons porque são elétrons.[14]

Na visão de Armstrong, os nominialismos também podem ser criticados por produzirem uma teoria da realidade. Os objetos têm estrutura: eles têm partes, essas partes são feitas de moléculas, que por sua vez são compostas por átomos em relação uns aos outros, que por sua vez são formados por partículas subatômicas e assim por diante. A blobbiness também ameaça os universais platônicos: um particular instanciando um universal em um mundo de universais platônicos torna-se uma questão de o blob-particular ter uma relação com um universal em outro lugar (no céu platônico, digamos), em vez de ter uma relação interna da maneira que um elemento químico faz com um átomo constituinte.[9]

Armstrong rejeita ainda os nominalismos que negam que propriedades e relações existam na realidade porque ele sugere que esses tipos de nominalismos, referindo-se especificamente ao que ele chama de nominalismo de classe, e semelhança nominalismo, postulam primitivos de pertencimento de classe ou semelhança.[15] Essa primitiva resulta em uma regressão viciosa para ambos os tipos de nominalismos,[16] sugere Armstrong, motivando assim seu sistema baseado em estados de coisas que une propriedades postulando um laço primitivo de instanciação[17] baseado em uma ontologia de fatos,[17] chamada estados de coisas.[18]

Em termos da origem da visão de Armstrong sobre os universais, Armstrong diz que sua visão dos universais é "território relativamente inexplorado", mas aponta para o artigo de Hilary Putnam de 1970 "On Properties" como um possível precursor.[19] Ele também diz que "Platão, em suas obras posteriores, Aristóteles e os realistas escolásticos estavam à frente da filosofia contemporânea nesta questão, embora prejudicados pelo relativo atraso da ciência e da metodologia científica de sua época".[20]

Estados das coisas

Central para a filosofia de Armstrong é a ideia de estados de coisas ("fatos" na terminologia de Russell): em Sketch for a Systematic Metaphysics, Armstrong afirma que os estados de coisas são "as estruturas fundamentais na realidade".[21] Um estado de coisas grosso modo colocado é uma instanciação de um particular e um universal: um estado de coisas pode ser que um átomo particular existe, instanciando um universal (digamos, que é de um elemento particular, se os elementos químicos são finalmente aceitos como parte dos universais de Armstrong). Os particulares na ontologia de Armstrong devem ter pelo menos um universal – assim como ele rejeita universais não instanciados, ele também rejeita "particulares não apropriados".[22]

Armstrong argumenta que estados de coisas são coisas distintas na ontologia porque são mais do que a soma de suas partes. Se algum a particular tem uma relação não-simétrica R com outro b particular, então R (a, b) difere de R (b, a). Pode ser o caso de R (a, b) obter no mundo, mas R (b, a) não. Sem estados de coisas instanciando os particulares e universais (incluindo as relações), não podemos explicar a verdade de um caso e a falsidade do outro.[9]

Leis da natureza

A teoria dos universais de Armstrong dá-lhe a base para uma compreensão das leis da natureza como sendo relações entre universais, um relato não-humeano das leis da natureza proposto independentemente por Armstrong,[23] Michael Tooley,[24] e Fred Dretske.[25] Este relato postula que as relações entre universais são verdadeiras para as afirmações sobre as leis físicas, e é realista ao aceitar que as leis da natureza são uma característica do mundo e não apenas uma maneira como falamos sobre o mundo. Armstrong identifica as leis como mantendo entre universais em vez de particulares, pois um relato de leis envolvendo apenas particulares em vez de universais não explicaria adequadamente como as leis da natureza operam no caso de contrafactuais.[26]

Para ilustrar a teoria, Stephen Mumford dá o exemplo de que todos os corvos são negros. Sob a teoria de Armstrong, Tooley e Dretske, há uma relação de necessidade entre a vorazidade universal e a negritude, em vez de haver uma relação com cada corvo. Isso permite a explicação de leis da natureza que não foram instanciadas. Mumford cita o exemplo frequentemente usado do pássaro moa: "Supõe-se que todas as aves desta espécie agora extinta morreram em tenra idade, embora não por causa de nada em sua composição genética. Pelo contrário, morreu principalmente por causa de algum vírus que acabou de varrer a população. Uma ave poderia ter escapado do vírus apenas para ser comida por um predador na véspera de seu cinquentenário."  Sob a teoria de Armstrong, Tooley e Dretske, tal coincidência não seria uma lei da natureza.[27]

Disposição

Armstrong rejeita o disposicionalismo, a ideia de que as propriedades disposicionais (ou poderes, como às vezes são referidos) são ontologicamente significativas e têm um papel importante na explicação das leis da natureza.[28] Armstrong acredita que o desafio que o disposicionalismo apresenta para seu relato das leis da natureza não está no caso de disposições manifestadas (digamos, um vidro caindo no chão e quebrando), mas disposições não manifestadas (o fato de que contrafactualmente se alguém fosse jogar o vidro no chão, seria intervalo). Armstrong simplesmente afirma que a disposição está simplesmente na natureza das propriedades instanciadas da coisa que se supõe ter a disposição.[29]

Verdade e fazedores de verdade

Em relação à verdade, Armstrong mantém o que ele descreve como uma "versão maximalista" da teoria do criador da verdade: ele acredita que toda verdade tem um criador da verdade, embora não exista necessariamente um mapeamento um-para-um entre a verdade e o criador da verdade.[30] A possibilidade de uma para muitas relações entre verdades e fazedores de verdade é uma característica que Armstrong acredita que permite que a teoria do criador da verdade responda a algumas das críticas feitas às teorias mais antigas da correspondência da verdade (das quais ele acredita que a teoria do criador da verdade seja uma versão melhorada).[31] As verdades negativas têm verdades no relato de Armstrong: ele dá o exemplo de uma parede pintada de verde. A parede sendo pintada de verde é uma verdade pela proposição de que não é pintada de branco e a proposição de que não é pintada de vermelho e assim por diante.[32]

A dificuldade em fornecer um relato adequado dos fazedores da verdade para eventos no passado é uma das razões que Armstrong dá para rejeitar o presentismo – a visão de que apenas o presente existe (outra razão é a incompatibilidade de tal visão com a relatividade especial). Os presentistas, argumenta Armstrong, devem negar que os fazedores de verdade são necessários para declarações sobre o passado, ou respondê-los "postulando fazedores de verdade bastante estranhos".[33]

Mente

Armstrong defende uma teoria fisicalista e funcionalista da mente. Ele inicialmente foi atraído por O Conceito de Mente de Gilbert Ryle e pela rejeição do dualismo cartesiano. Armstrong não aceitava o behaviorismo e, em vez disso, defendeu uma teoria que ele chamou de "teoria do estado central", que identifica os estados mentais com o estado do sistema nervoso central. Em A Materialist Theory of the Mind, ele aceitou que estados mentais como a consciência existem, mas afirmou que eles podem ser explicados como fenômenos físicos.[34] Armstrong atribui sua adoção da teoria do estado central ao trabalho de J. J. C. Smart – especificamente o artigo 'Sensations and Brain Processes' – e traça a linhagem a partir daí para o artigo de Ullin Place de 1956 "Is Consciousness a Brain Process?".[35]

Stephen Mumford disse que A Materialist Theory of the Mind de Armstrong "representa uma declaração autoritária do materialismo australiano e foi, e ainda é, uma peça seminal da filosofia".[36]

Epistemologia

A visão de Armstrong sobre o conhecimento é que as condições do conhecimento são satisfeitas quando você tem uma crença verdadeira justificada que você chegou através de um processo confiável: isto é, a crença foi causada por algum fator no mundo externo (daí o rótulo de externalismo). Armstrong usa a analogia de um termômetro: como um termômetro muda para refletir a temperatura do ambiente em que está, as crenças de alguém também devem ser formadas de forma confiável. A conexão entre o conhecimento e o mundo externo, para Armstrong, é uma relação nomológica (isto é, uma relação de lei da natureza).[37] Aqui, a visão de Armstrong é amplamente semelhante à de Alvin Goldman e Robert Nozick.[38] As intuições que levam a esse tipo de externalismo levaram Alvin Plantinga a um relato do conhecimento que acrescentou a exigência de sistemas cognitivos "funcionando adequadamente" operando de acordo com um plano de projeto.[39]

Crença

Sobre a questão da relação entre crenças e conhecimento, Armstrong defende uma "fraca aceitação" da condição de crença, ou seja, que se se pode dizer que uma pessoa sabe alguma coisa p, ela acredita p. Em um artigo para a Sociedade Aristotélica, Armstrong rejeita uma série de argumentos linguísticos para uma rejeição da condição de crença que argumentam que se pode ter conhecimento sem ter crença porque um uso comum da palavra "crença" implica falta de conhecimento – Armstrong dá o exemplo de se você perguntasse a um homem em uma estação de trem se o trem acabou de sair e ele dissesse "Eu acredito que sim", você tiraria disso que ele não sabe que tem.[40]

Armstrong também argumenta que crenças contraditórias mostram que uma conexão entre crenças e conhecimento. Ele dá o exemplo de uma mulher que descobriu que seu marido está morto, mas não consegue acreditar que seu marido está morto. Ela acredita e desacredita que seu marido está morto: acontece que uma de suas duas crenças é justificada, verdadeira e satisfaz algumas condições de conhecimento.[40][41]

Armstrong apresenta uma resposta à versão modificada de Colin Radford do exemplo do "examinando inseguro". Um estudante é questionado quando a rainha Elizabeth I morreu, e ele hesitante responde "1603" e não demonstra confiança em sua resposta. Esqueceu-se de que, em algum momento anterior, estudou história inglesa. Radford apresenta isso como um exemplo de conhecimento sem crença. Mas Armstrong diverge sobre isso: o examinando inseguro tem uma crença de que a rainha Elizabeth I morreu em 1603, ele sabe que ela morreu em 1603, mas ele não sabe que sabe. Armstrong rejeita o Princípio KK – que para saber alguma coisa p, é preciso saber que se sabe p.[40][41] A rejeição de Armstrong do Princípio KK é consistente com seu projeto externalista mais amplo.[42]

Publicações

Livros

Artigos selecionados

Diversos

Referências

  1. «David Armstrong, philosopher with an international reputation». The Sydney Morning Herald (em inglês). 7 de junho de 2014. Consultado em 28 de maio de 2018 
  2. Brown, S.; Collinson, D.; Wilkinson, R., eds. (1996). Biographical Dictionary of Twentieth-Century Philosophers. pp. 31–32. ISBN 978-0-415-06043-1
  3. Jaegwon Kim; Ernest Sosa; Gary S. Rosenkrantz, eds. (2009). A Companion to Metaphysics (2nd ed.). Wiley-Blackwell. pp. 126–127.
  4. Armstrong, D. M. (2010). Sketch for a Systematic Metaphysics. [S.l.]: Oxford University Press. pp. 1–2. ISBN 978-0-19-965591-5 
  5. Armstrong, D. M. (2001). «Interview». In: Jobling, Lee; Runcie, Catherine. Matters of the Mind: Poems, Essays and Interviews in Honour of Leonie Kramer. [S.l.]: University of Sydney. pp. 322–332. ISBN 978-1-86487-362-7 
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  7. Armstrong, D. M.; Martin, C. B. (1969). Locke and Berkeley: A Collection of Critical Essays. [S.l.]: Anchor Books. ISBN 978-0-268-00562-7 
  8. Armstrong, D. M. (1980). Nominalism & Realism. Col: Universals & Scientific Realism. 1. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 65. ISBN 978-0-521-28033-4 
  9. a b c Armstrong, D. M. (1989). Universals. [S.l.]: Westview Press. ISBN 978-0-8133-0763-3. OL 2211958M 
  10. Armstrong, D. M. (1980), A Theory of Universals, ISBN 978-0-521-28032-7, Cambridge University Press, OL 7735301M 
  11. Armstrong, D. M. (2010). Sketch for a Systematic Metaphysics. [S.l.]: Oxford University Press. pp. 19–20. ISBN 978-0-19-965591-5 
  12. MacBride, F. (2005). «The Particular–Universal Distinction: A Dogma of Metaphysics?». Mind. 114 (455): 565–614. doi:10.1093/mind/fzi565 
  13. Armstrong, D. M. (2010). Sketch for a Systematic Metaphysics. [S.l.]: Oxford University Press. pp. 23–25. ISBN 978-0-19-965591-5 
  14. Mumford 2007, pp. 23–24
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  21. Armstrong, D. M. (2010). Sketch for a Systematic Metaphysics. [S.l.]: Oxford University Press. 36 páginas. ISBN 978-0-19-965591-5 
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  23. Armstrong, D. M. (1983). What is a Law of Nature. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 978-0-521-31481-7 
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Leitura adicional

Ligações externas