Gisele, peça de R$ 25 milhões e Rolex moderada: como foi a maior feira de relógios do mundo

A célebre empresa apresentou um belo 1908 em platina, com mostrador em ice-blue. O novo Deepsea, peça mais pesada do portfólio, com 320 gramas, é seu primeiro aparelho em ouro amarelo 18 quilates destinado a mergulhadores. Já o GMT‑Master II traz bisel que mistura cerâmica cinza e preta.

Irmã mais nova da Rolex, a Tudor investiu novamente na linha Black Bay. De estilo vintage, o Black Bay 58 surgiu pela primeira vez com pulseira de ouro 18 quilates. Outro 58, este GMT, sai por R$ 30.950 no Brasil e conquistou o certificado master chronometer pela Metas. Também foi adicionado ao grupo um Black Bay em preto, com mostrador e bisel desta cor.

Em uma boa sacada, a Montblanc inverteu os cenários. Se antes celebrou montanhistas, neste ano aposta em um modelo para mergulhadores, que chega a 4.810 metros de profundidade, ou seja, a altura do pico Mont Blanc ao contrário - e com tecnologia de zero oxigênio na caixa. A grife também apostou em duas cores em alta para a coleção Iced Sea Automatic Date, bronze e bordô.

A IWC Schaffhausen parou a feira na terça-feira (9) com a presença de sua embaixadora, a modelo Gisele Bündchen. Ela divulgou a renovação da linha Portugieser, original de 1939. Os cronógrafos reformulados aparecem em três novas cores de mostrador: Horizon, Obsidian e Dune. O grande destaque, entretanto, ficou para o Eternal Calendar, que traz data precisa para os próximos 400 anos e as fases da lua corretas por impressionantes 45 milhões de anos.

Com novo CEO desde o início do ano (o suíço Julien Tornare, ex-Zenith, que substituiu Frédéric Arnault), a Tag Heuer seguiu nas comemorações das seis décadas do icônico modelo Carrera e divulgou uma nova versão tipo panda, de fácil legibilidade, com o contraste entre o prata e o preto. Todo quadrado, o esportivo Monaco Split-Seconds é leve e tem caixa com 50% de safira e 50% de titânio.

A Cartier, sempre com lançamentos elegantes, reviveu a linha Tortue, com opções de pulseiras em vinho. Da coleção Santos, aparecem um Dual Time, que inclui duas zonas horárias, e uma novidade inusitada: um Santos-Dumont que roda em sentido anti-horário, com os números, inclusive, em posição invertida.

Com um barco de verdade pendurado no teto de seu estande na feira, a Panerai se inspirou na equipe de vela Luna Rossa Prada Pirelli, da America's Cup. Dentro da família Submersible, um dos novos relógios traz um material mais leve e resistente, o Ti-Ceramitech, e aguenta 500 metros de profundidade.

Já a Chanel, com um belo espaço baseado na costura, exibiu novos turbilhões em preto e branco de sua tradicional coleção J12. O Monsieur Superleggera, todo em preto, inclui o Caliber 1, movimento criado in-house, e se inspira no mundo automobilístico.

Outras marcas relojoeiras não participaram da feira, mas aproveitaram o movimento para apresentar lançamentos em eventos paralelos. A Bvlgari, por exemplo, voltou a quebrar recordes de relógio mais fino do mundo com o Octo Finissimo e seu 1.7 mm de espessura.

A Breitling comemorou seus 140 anos com uma festa em Genebra. Em 1999, a companhia patrocinou o primeiro voo de balão sem escalas ao redor do mundo. Agora, traz o Aerospace B70 Orbiter, que conta com fragmentos originais do balão.

Por fim, a Jacob and Co., grife americana de relógios extravagantes querida por famosos como Cristiano Ronaldo, impressionou com um modelo de R$ 25 milhões, repleto de pedras preciosas.