Cultura
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Duas efemérides marcam as exposições com o Brasil Holandês como tema, com os 400 anos da invasão à Bahia (1624) e os 370 anos de sua expulsão de Pernambuco por colonos brasileiros e portugueses (1654), abrindo e fechando um arco temporal de três décadas.

Em “Os holandeses no Brasil”, no IGHB, com curadoria de Ângela Ferreira, Bruno Miranda, Daniel Rebouças e Pablo Iglesias Magalhães, será mostrada uma projeção de um mapa de 1624 — atribuído ao engenheiro militar Joos Coecke — que pode ser o primeiro da cidade de Salvador, adquirido pela Coleção Flávia e Frank Abubakir em 2022. Entre outras raridades, estará presente ainda uma gravura de Maurício de Nassau avançando com sua tropa para a Bahia, em 1638, feita por Albert Eckhout.

— A experiência na Bahia foi fundamental para que os holandeses conseguissem se planejar para invadir Pernambuco. Em Salvador foi um ano de sítio, não houve trégua nas batalhas — explica o historiador Pablo Iglesias Magalhães. — Os holandeses não entendiam que Salvador depende do Recôncavo, com a rota interrompida eles ficaram sem alimentos.

Já “1654”, que deve ser aberta nos próximos meses no Mepe, no Recife, vai abordar a chamada Restauração Pernambucana a partir de questões levantadas no livro “Rubro veio” (1986), do historiador e diplomata Evaldo Cabral de Mello.

Mapa de 1624 atribuído ao atribuído ao engenheiro militar Joos Coecke — Foto: Coleção Flávia e Frank Abubakir
Mapa de 1624 atribuído ao atribuído ao engenheiro militar Joos Coecke — Foto: Coleção Flávia e Frank Abubakir

Com curadoria de Helena Severo, Maria Eduarda Marques e Dirceu Marroquim, a mostra tem como proposta avaliar os ecos do período holandês, da invasão à expulsão pelos chamados “homens da terra”, nos dias de hoje.

— É um período relativamente curto, de 30 anos, mas cujas consequências se expandem. Tivemos, no período de Nassau, as primeiras visões contundentes deste “paraíso tropical”, disseminadas nas maiores cortes europeias — observa Maria Eduarda. — E depois, quando os colonos se unem para expulsar os holandeses, é criada uma nobreza local, que passa a demandar uma relação especial com a coroa portuguesa.

A mostra trará, entre suas obras, paisagens em óleo sobre madeira de Frans Post e fotos das celebrações dos 300 anos da Restauração Pernambucana, realizadas em 1954, no Recife.

Historiador e escritor, Marroquim destaca como a insurreição em Pernambuco foi apropriada por diversas frentes no futuro, tendo como exemplo a Batalha dos Guararapes, que teve entre suas lideranças o negro Henrique Dias, o indígena Filipe Camarão e o português João Fernandes Vieira.

— Ela passou a ser vista como a batalha em que homens de raças distintas se uniram para derrotar o que seria um inimigo comum. Além dessa construção de identidade nacional, uma memória católica começou a ser criada, a partir da vitória sobre os calvinistas e protestantes holandeses. A retomada do Recife foi marcada pela construção de várias igrejas — explica Marroquim. ()

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