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Augusto Guilherme da Prússia

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 Nota: Não confundir com Augusto Guilherme da Prússia (1722–1758).
Augusto Guilherme
Príncipe da Prússia
Augusto Guilherme da Prússia
Nascimento 29 de janeiro de 1887
  Palácio da Cidade de Potsdam, Potsdam, Império Alemão
Morte 25 de março de 1949 (62 anos)
  Estugarda, Alemanha Ocidental
Sepultado em 29 de março de 1949, Famillienfriedhof, Langenburg, Alemanha Ocidental
Nome completo  
Augusto Guilherme Henrique Gunter Vítor
Esposa Alexandra Vitória de Eslésvico-Holsácia
Descendência Alexandre Fernando da Prússia
Casa Hohenzollern
Pai Guilherme II da Alemanha
Mãe Augusta Vitória de Eslésvico-Holsácia
Religião Luteranismo

Augusto Guilherme da Prússia (August Wilhelm Heinrich Günther Viktor; 29 de janeiro de 1887 - 25 de março de 1949), conhecido por "Auwi", foi um dos filhos do kaiser Guilherme II da Alemanha e da sua esposa, a princesa Augusta Vitória de Schleswig-Holstein.

Augusto Guilherme era o quarto filho do kaiser Guilherme II da Alemanha e da princesa Augusta Vitória de Schleswig-Holstein. Os seus avós paternos eram o imperador Frederico III da Alemanha e a princesa real Vitória do Reino Unido. Os seus avós maternos eram o duque Frederico VIII de Schleswig-Holstein e a princesa Adelaide de Hohenlohe-Langenburg.

Primeiros anos

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Augusto Guilherme nos braços da mãe, Augusta Vitória.

Augusto Guilherme nasceu no Palácio de Potsdam quando o seu avô ainda era príncipe-herdeiro da Prússia. Passou a sua infância com os irmãos no Novo Palácio, também em Potsdam e andou na escola Prinzenhaus em Plön. Estudou depois nas universidades de Bonn, Berlim e Estrasburgo, tirando depois um doutorado em ciência política em 1907 "de forma extremamente duvidável", como um autor refere.

Casou-se com a sua prima direita, a princesa Alexandra Vitória de Eslésvico-Holsácia-Sonderburgo-Glucksburgo, no dia 22 de outubro de 1908 no Berliner Stadtschloss. O casal tinha planeado viver no Palácio de Schönhausen em Berlim, mas acabou por mudar de ideia quando o pai de Augusto lhe ofereceu a Villa Liegnitz no Parque Sanssouci. No dia 26 de dezembro de 1912 nasceu o seu único filho, o príncipe Alexandre Fernando da Prússia. A sua casa tornou-se num ponto de encontro para artistas e intelectuais.

Durante a Primeira Guerra Mundial Augusto Guilherme tornou-se administrador distrital (Landrat) de Ruppin. O seu local de trabalho e residência passaram a ser o Schloss Rheinsberg. O seu ajudante pessoal, Hans Georg von Mackensen, de quem tinha sido amigo de infância, teve um papel importante na sua vida. Estas possíveis "tendências homossexuais" contribuíram para o final do seu casamento com a princesa Augusta Vitória.

República de Weimar

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Príncipe Augusto Guilherme da Prússia (Coleção Gabriel Dorneles).

Depois de a guerra acabar, o casal separou-se e divorciou-se oficialmente em março de 1920. Augusto Guilherme ficou com a custódia do filho. Depois do seu divórcio e do casamento do seu amigo Hans Georg von Mackensen com Winifred von Neurath, filha de Konstantin von Neurath, Augusto passou a viver uma vida isolada na sua villa em Potsdam. Começou a ter aulas de desenho com o professor Arthur Kampf e a viver do dinheiro que fazia da venda dos seus quadros.[1]

Augusto Guilherme juntou-se ao grupo de veteranos nacionalistas "Stahlhelm". Nos anos que se seguiram começou a ter cada vez mais contacto com os nacional-socialistas. Finalmente, e causando desconforto na sua família, principalmente no pai, Augusto juntou-se ao "perigoso, revolucionário" NSDAP no dia 1 de abril de 1930. Em novembro de 1931 foi aceite nas SA na posição de "Standartenführer". Devido à sua associação com os nacional-socialistas e a simpatia por Adolf Hitler, Augusto era ridicularizado pela imprensa de esquerda alemã.[1]

Como representante da realeza prussiana e da dinastia imperial alemã, Augusto Guilherme foi usado deliberadamente pelos social-nacionalistas para ganhar votos nas eleições, chegando mesmo a escolhe-lo para candidato principal do NSDAP para as eleições para o Landtag em abril de 1932 e para discursar ao lado de Hitler que acompanhou em acções de campanha por toda a Alemanha nesta altura. Nos seus discursos em comíssios nacional-socialistas, Augusto dizia às populações que "Hitler não é uma ameaça, mas uma benfeitor para o povo alemão e o império alemão".[1]

Augusto Guilherme a discursar em Berlim.

Em 1933 Augusto Guilherme recebeu uma posição no Estado prussiano e tornou-se membro do Reichstag. Contudo, após ser instaurada a ditadura, os nacional-socialistas deixaram de precisar do antigo príncipe que tinha sempre mantido a esperança de que Hitler o colocasse a ele ou ao seu filho no trono alemão. Assim, na primavera de 1934 foi-lhe recusado o acesso a Hitler e no verão viu-se excluído da actividade política. Contudo este afastamento não diminuiu a sua adoração por Hitler. No dia 31 de junho de 1939 tornou-se Obergruppenführer, a segunda posição mais importante nas SA, mas depois de fazer declarações desrepeitosas sobre Joseph Goebbels em privado que foram denunciadas em 1942 foi excluído, passou para segundo plano no partido e impedido de fazer discursos públicos.

No inicio de fevereiro de 1945, juntamente com a sua cunhada, a antiga princesa-herdeira Cecília da Prússia, Augusto Guilherme fugiu do Exército Vermelho que se aproximava de Potsdam para Kronberg para se refugiar com a sua tia, a princesa Margarida da Prússia, irmã do seu pai.

Pós Segunda Guerra Mundial

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No final da Segunda Guerra Mundial, a 8 de maio de 1945, Augusto Guilherme foi preso por soldados dos Estados Unidos e colocado em Ludwigsburg. Quando foi julgado e lhe perguntaram se ele tinha pelo menos repudiado o nacional-socialismo desde que tinha descoberto os seus crimes, ele respondeu com outra pergunta: "Desculpe?", acabando por ser condenado a dois anos e meio de trabalhos forçados num campo de concentração com outros criminosos nazis.

Logo depois de ser libertado foram feitas novas acusações contra ele, chegando mesmo a ser enviado um mandato de captura em seu nome de um tribunal de Potsdam, localizado na zona soviética da cidade. Contudo Augusto adoeceu e morreu aos 63 anos antes de ser novamente preso.

Referências

  1. a b c Schench, G. Handbuch über den Königlich Preußischen Hof und Staat fur das Jahr 1908. Berlin, Prussia, 1907.
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