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Canário doméstico

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaCanário

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Subfamília: Carduelinae
Gênero: Serinus
Espécie: S. canaria
Subespécie: S. c. domestica
Nome binomial
Serinus canaria
(Linnaeus, 1758)

O canário doméstico, canário belga, canário do reino ou canário do império (nome científico: Serinus canaria) é uma ave doméstica desenvolvida a partir do canário selvagem, um pequeno pássaro pertencente à família dos Fringillidae.

O canário doméstico, também bastante conhecido como canário belga, de coloração amarela, é o mais comum no Brasil, dentre outros 400 tipos existentes. A origem desse pássaro está descrita no próprio nome: Bélgica. No entanto, seus ascendentes são oriundos das Ilhas Canárias Arquipélago da Madeira e Arquipélago dos Açores (o que dá sentido ao nome da ave). Também pode ser chamado de "Canário do Reino" ou "Canário do Império" por ter vindo de Portugal e da Espanha.[1]

Os canários foram criados em cativeiro no século XVII.[2] Eles foram trazidos por marinheiros espanhóis para a Europa. [3]

Histórico[editar | editar código-fonte]

No ano de 1042, nas Ilhas Canárias, foram encontrados os primeiros canários. Após a ocupação da ilha pelos espanhóis, em 1478, foi que ficou conhecida a docilidade da espécie, e que era possível cria-los em cativeiro. Porém, foram os monges que obtiveram sucesso na criação dos pássaros reproduzindo a espécie em cativeiro. A venda dos canários era realizada somente pelos espanhóis, para evitar que outras pessoas conseguissem reproduzir o pássaro, apenas os machos eram vendidos enquanto as fêmeas eram mantidas. Isso acabou somente quando um navio carregado de canários naufragou, em 1662, e os tripulantes soltaram os pássaros que se espalharam por toda a Europa, encerrando assim o monopólio espanhol e dando inicio a reprodução de canários por outros países, além do surgimento de mutações da espécie, como o Canela, e o Roller.[4]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O canário doméstico é ligeiramente maior que seu ancestral selvagem, das Ilhas Canárias. Os canários vocais e os canários coloridos têm cerca de 13,5 cm a 14,5 cm de altura. Os canários de porte variam de 11 cm a 23 cm de comprimento. Já os canários sem raça definida também popularmente conhecidos como "pé duro" podem ter características diferentes com plumagens de diversas cores, altura ou porte físico diferente, entre outros.

A plumagem mais conhecida dos canários é o amarelo. No entanto, hoje há uma variedade de cores de plumagem muito diferentes (por exemplo, branco, vermelho, marrom, marrom claro, laranja, verde, cinza, entre outros).[5] Desde então, há canários com plumagem vermelha. Algumas raças também usam capuz também conhecido como topete ou têm penteados com penas especiais.[6]

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Os canários são animais granívoros, ou seja, alimenta-se de grãos e sementes que encontram em seu habitat. Criadores de canários costumam alimenta-los com misturas, que podem ser encontradas em comércios ou feitas em casa, utilizando sementes de alta qualidade, como: alpiste, painço, linhaça, colza, semente de rabanete, semente de alface, semente de endívia, aveia, semente de cânhamo, semente de niger. Esses pássaros também podem se alimentar de vegetais, frutas e legumes, que são muito importante para fornecê-los uma grande quantidade de vitaminas. Durante a época de reprodução é necessário adicionar cálcio a alimentação, esse nutriente pode ser encontrado em osso de siba e conchas de ostra moída.

Sistemática[editar | editar código-fonte]

O canário é a única subespécie das Ilhas Canárias. O parente mais próximo é o Chamariz. Outros parentes próximos são, por exemplo, Pintassilgo-da-venezuela, Pintarroxo-de-queixo-preto e Pintassilgo.

Canário-da-terra[editar | editar código-fonte]

Na América do Sul, principalmente no Brasil existe o canário nativo, chamado de canário-da-terra ou canário-da-terra-brasileiro (Sicalis flaveola brasiliense). Esse canário não é da mesma espécie do canário-belga ou canário-do-reino (Serinus canaria), o canário-da-terra tem esse nome para distinguir do canário que vinha de fora. Assim tem-se o "canário-da-terra" (Sicalis flaveola brasiliense) e o "canário-belga" ou "canário-do-reino" (Serinus canaria). Por ser uma espécie nativa, a criação em cativeiro do canário-da-terra depende de autorização do IBAMA, e sua captura na natureza constitui crime ambiental.

Referências

  1. Hawley, DM; Grodio, J; Frasca, S; Kirkpatrick, L; Ley, DH. «Experimental infection of domestic canaries (Serinus canaria domestica) with Mycoplasma gallisepticum: a new model system for a wildlife disease». Avian Pathol. 40: 321–7. PMID 21711192. doi:10.1080/03079457.2011.571660 
  2. «Canário Belga / Canário do Reino» 
  3. Mathias, João (28 de agosto de 2015). «Canário-belga». Consultado em 27 de setembro de 2018 
  4. «The index-catalogue of medical and veterinary zoology». Veterinary Parasitology (3-4). 341 páginas. Junho de 1984. ISSN 0304-4017. doi:10.1016/0304-4017(84)90100-6. Consultado em 7 de julho de 2024 
  5. Landsberg, Jan H.; Vargo, Gabriel A.; Flewelling, Leanne J.; Wiley, Faith E. (4 de abril de 2007). «Algal Biotoxins». Infectious Diseases of Wild Birds: 431–455. doi:10.1002/9780470344668.ch23. Consultado em 7 de julho de 2024 
  6. Hawley, Dana M.; Grodio, Jessica; Frasca, Salvatore; Kirkpatrick, Laila; Ley, David H. (junho de 2011). «Experimental infection of domestic canaries ( Serinus canaria domestica ) with Mycoplasma gallisepticum : a new model system for a wildlife disease». Avian Pathology (em inglês) (3): 321–327. ISSN 0307-9457. doi:10.1080/03079457.2011.571660. Consultado em 7 de julho de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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