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Era dos Bons Sentimentos

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A Era dos Bons Sentimentos marcou um período na história política dos Estados Unidos que refletiu um senso de propósito nacional e um desejo de unidade entre os americanos após a Guerra de 1812.[1][2]  A era viu o colapso do Partido Federalista e o fim das amargas disputas partidárias entre ele e o Partido Democrata-Republicano dominante durante o First Party System (modelo de política americana usado na história e na ciência política para periodizar o sistema de partido político que existiu nos Estados Unidos entre aproximadamente 1792 e 1824). O presidente James Monroe se esforçou para minimizar a filiação partidária ao fazer suas indicações, com o objetivo final de unidade nacional e eliminação de partidos políticos totalmente da política nacional. O período está tão intimamente associado com a presidência de Monroe (1817-1825) e seus objetivos administrativos que seu nome e a época são praticamente sinônimos.[1][3][4][5]

Durante e após a eleição presidencial de 1824, o Partido Democrata-Republicano se dividiu entre partidários e oponentes da Democracia Jacksoniana, levando ao Second Party System (para periodizar o sistema partidário político que operava nos Estados Unidos de 1828 a 1852, após o fim do First Party System).

A designação do período pelos historiadores como de bons sentimentos é muitas vezes transmitida com ironia ou ceticismo, já que a história da época era aquela em que o clima político era tenso e divisivo, especialmente entre facções dentro do governo Monroe e do Partido Democrata-Republicano.[6][7][8]

A frase Era of Good Feelings ("Era dos Bons Sentimentos") foi cunhada por Benjamin Russell no jornal federalista de Boston Columbian Centinel em 12 de julho de 1817, após a visita de Monroe a Boston, Massachusetts, como parte de sua turnê de boa vontade pelos Estados Unidos.[5][9][10]

Referências

  • Ammon, Harry (1971). James Monroe: The Quest for National Identity. New York: McGraw-Hill 
  • Brown, Richard H. (1970). The Missouri Crisis, Slavery, and the Politics of Jacksonianism. [S.l.]: South Atlantic Quartrerly. pp. 55–72  Cited in Essays on Jacksonian America, Ed. Frank Otto Gatell. New York: Holt, Rinehart and Winston, 1970.
  • Burns, James M. (1982). The Vineyard of Liberty. New York: Knopf 
  • Berstein, Andrew; Issenberg, Nancy (2010). Madison and Jefferson. New York: Random House 
  • Dangerfield, George (1965). The Awakening of American Nationalism: 1815-1828. New York: Harper & Row 
  • McCormick, Richard P, New Perspectives on Jacksonian Politics , cited in American Historical Review, LXV (January 1960), pp. 288–301.
  • Remini, Robert V. (2002). John Quincy Adams. New York: Holt 
  • Schlesinger, Arthur M. Jr (1953). The Age of Jackson. New York: Little, Brown 
  • Unger, Harlow G. (2009). The last founding father: James Monroe and a nation's call to greatness. Cambridge, Massachusetts: Da Capo Press 
  • Wilentz, Sean (2008). The Rise of American Democracy: Jefferson to Lincoln. New York: Horton