Saltar para o conteúdo

Esquema (psicologia)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Em psicologia e na ciência cognitiva, um esquema é uma estrutura mental que representa algum aspecto do mundo. As pessoas usam esquemas para organizar o conhecimento atual e providenciar uma base para compreensão futura. Exemplos de esquemas incluem estereótipos, papel social, visão de mundo e arquétipos. Na teoria de desenvolvimento de Piaget, as crianças adotam uma série de esquemas para entender o mundo.

Os primeiros desenvolvimentos da ideia em psicologia surgiram com os gestaltistas e Jean Piaget: o termo "esquema" foi introduzido por Piaget em 1926. O conceito foi introduzido na psicologia e educação através do trabalho do psicólogo britânico Frederic Bartlett,[1] que traçou um termo de esquema corporal usado pelo neurologista Henry Head. Foi ampliado na teoria do esquema pelo psicólogo educacional R. C. Andersen. Desde então, muitos outros termos foram usados ​​para descrever o esquema, como incluindo "frame", "cena" e "roteiro".

Pensamento usando esquemas

[editar | editar código-fonte]

Esquemas são uma ferramenta extremamente eficiente para entender o mundo. Através do uso de esquemas, muitas das situações do dia a dia não requerem esforço mental — pensamento automático é a única coisa necessária. Uma pessoa pode rapidamente organizar novas percepções em esquemas e agir efetivamente sem nenhum esforço. Por exemplo, muitas pessoas têm um esquema de escada, e podem usá-lo para subir escadas que nunca viram antes.

Esquemas estão normalmente relacionados entre si, e esquemas conflitantes podem ser aplicados à mesma informação. Supõe-se que os esquemas têm um nível de ativação, que pode se espalhar por outros esquemas relacionados. Qual esquema é selecionado pode depender de fatores como ativação atual, acessibilidade e possibilidade de novas ativações.

Acessibilidade é o quão fácil um esquema vem a mente, e é deteminada pela experiência pessoal e nível de proficiência. Isto pode ser usado como um atalho cognitivo; permite que as explicações mais simples sejam escolhidas para novas informações. Veja disponibilidade heurística.

Modificação de esquemas

[editar | editar código-fonte]

Novas informações que se encaixam em um esquema de um indivíduo são facilmente lembradas e incorporadas em sua visão de mundo. Porém, quando uma nova informação é percebida que não se encaixa em um esquema, muitas coisas podem acontecer. A reação mais comum é simplesmente ignorar ou rapidamente esquecer a nova informação. Isto pode acontecer em um nível profundo — freqüentemente um indivíduo toma consciência ou percebe a nova informação. Porém, quando a nova informação não pode ser ignorada, esquemas existentes precisam mudar.

Assimilação' é a reutilização de esquemas existentes para classificar a nova informação. Por exemplo, quando um cão familiar é visto, a pessoa provavelmente o assimilará apenas no esquema para cão. Porém, se o cão se comportar de maneira estranha, e de maneiras que não parecem de um cão, haverá acomodação quando um novo esquema é formado para aquele cão particular.

Referências

  1. Bartlett, F.C. (1932). Remembering: A Study in Experimental and Social Psychology (em inglês). Cambridge, Inglaterra: Cambridge University Press