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Juana Bormann

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Juana Bormann
Juana Bormann
Nascimento 10 de setembro de 1893
Birkenfelde, Prússia
Morte 13 de dezembro de 1945 (52 anos)
Hameln, Alemanha
Nacionalidade Alemã
Cargo Guarda feminina dos campos de:
Auschwitz-Birkenau
Bergen-Belsen
Ravensbruck
Serviço militar
País Alemanha Nazista Alemanha Nazista
Serviço Schutzstaffel
Anos de serviço 1938–1945
Patente Aufseherin
(Auxiliar feminina)

Juana Bormann ou Johanna Bormann (Birkenfelde, 10 de setembro de 1893Hameln, 13 de dezembro de 1945) foi uma guarda feminina SS de diversos campos de concentração nazistas durante a II Guerra Mundial, julgada e condenada como criminosa de guerra e executada em dezembro de 1945.

Juana começou a carreira de guarda no campo de Lichtenburg em 1938, primeiro como cozinheira [1] e depois como SS auxiliar ao lado de outras 49 mulheres, segundo ela, para “poder ganhar mais dinheiro”.[2] Em 1939 foi selecionada para supervisionar uma equipe de trabalho no novo campo de Ravensbruck, perto de Berlim e após três anos foi uma das poucas nomeadas para o serviço de guarda feminina em Auschwitz, na Polônia, em 1942.

De estatura baixa e muita crueldade, chamada pelos prisioneiros de “a mulher com os cachorros”,[1] foi para Auschwitz como Aufseherin (auxiliar feminina) e suas supervisoras incluíam duas notórias integrantes entre as guardas femininas de campos de concentração nazistas, Maria Mandel e Irma Grese.

Em 1944, com o acúmulo de derrotas da Alemanha Nazista e a invasão soviética no leste, Bormann – sem parentesco com o líder nazista Martin Bormann — foi transferida para um campo auxiliar na Silésia. Em janeiro de 1945 retornava à Ravensbruck e em março chegava a seu último posto, Bergen-Belsen, onde trabalhou sob as ordens de Josef Kramer, Irma Grese e Elisabeth Volkenrath, com os quais já tinha servido em Auschwitz.

Em 15 de abril de 1945 o exército britânico chegou ao campo, encontrando 10.000 cadáveres insepultos e 60.000 sobreviventes esqueléticos à beira da morte; os libertadores obrigaram todo o pessoal da SS a enterrar os corpos.

Juana foi presa, interrogada pelos militares e processada no Julgamento de Belsen, realizados entre setembro e dezembro de 1945. Diversos sobreviventes testemunharam sobre os crimes cometidos por ela em Auschwitz e Belsen, algumas vezes soltando seu grande cão pastor-alemão em cima de prisioneiros indefesos. Foi considerada culpada de crimes contra a humanidade e enforcada — junto com Grese e Volkenrath — em 13 de dezembro de 1945, na prisão de Hameln.[1]

Seu carrasco, Albert Pierrepoint, escreveu tempos depois: "ela andou vacilante pelo corredor parecendo velha e encovada aos 42 anos de idade" — na verdade tinha 52.[1] "Estava trêmula, foi colocada no local do enforcamento e disse apenas: "Eu tenho os meus sentimentos""[3]

Referências

  1. a b c d Bormann on Capitalpunishmentuk.org
  2. «Juana Bormann». auschwitz.dk. Consultado em 30 de agosto de 2012 
  3. Pierrepoint, Albert (1974). Executioner. [S.l.]: Harrap. ISBN 0-245-52070-8