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Línguas da Guiné Equatorial

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 Nota: Para as línguas faladas na Guiné-Bissau, veja Línguas da Guiné-Bissau.

As línguas oficiais da Guiné Equatorial são: em primeiro lugar o espanhol, em segundo o francês e, em terceiro, recentemente se juntou o português. A Guiné Equatorial é o primeiro país independente a ter o espanhol e o francês como línguas oficiais simultaneamente. Mesma relação entre o espanhol e o português, e também entre o francês e o português. As línguas africanas faladas no país são reconhecidas como parte da cultura nacional.

Línguas de origem europeia

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Ver artigo principal: Castelhano guinéu-equatoriano

O espanhol é o idioma do sistema de ensino, devido a que a maioria da população (cerca de 88%) pode falá-lo, mas apenas cerca de 10-15% da população tem um alto nível de proficiência na língua.[1]

A grande maioria dos equato-guineenses falam espanhol como primeira ou segunda língua, especialmente aqueles que vivem na capital, Malabo, e os que vivem nas proximidades. O espanhol foi a língua oficial entre 1844 e 1970, durante um breve período nos anos 1970, o espanhol foi declarada língua "importada" e seu uso foi proibido, também não existia na Guiné Equatorial qualquer Academia de Língua Espanhola como o resto países que têm o castelhano como língua oficial. A partir de 3 de agosto de 1979 foi novamente declarada língua oficial. Recentemente, o governo da Guiné Equatorial criou uma Academia Equato-guineense da Língua Espanhola, em 2014; o estabelecimento de um programa para fortalecer a difusão do espanhol nos meios de comunicação e fortalecer os cursos de espanhol para estrangeiros já estabelecidos pela Universidade Nacional da Guiné Equatorial.[2]

Desde 1998, o francês é uma língua oficial da Guiné Equatorial, para se juntar à Comunidade Econômica e Monetária da África Central pela circulação monetária (Franco CFA). O francês foi adotado como língua oficial, embora, na prática, a sua utilização é muito pequena e foi adotada a fim de pertencer à comunidade de Estados de língua francesa (Francofonia), com os benefícios da abertura de mercado significativo.

Preâmbulo e artigo primeiro da constituição guinéu-equatoriana em português, um dos idiomas oficiais do país.

O português foi oficializado em 20 de julho de 2010[3] como a terceira língua oficial da Guiné Equatorial, a fim de conseguir a adesão plena da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).[4] Na época, o país também pediu o apoio dos oito países membros (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) para difundir o ensino da língua portuguesa no país, para formação profissional e acolhimento de seus alunos por parte dos países da comunidade lusófona. A Guiné Equatorial foi aceite, em 23 de julho de 2014, por consenso como membro de pleno direito da CPLP.[5][6] No mesmo ano, o governo da Guiné Equatorial disse que irá tomar medidas para a difusão da língua portuguesa no país,[6][7] com a promoção do seu ensino nas escolas primárias,[8] e também aprovou a criação de um centro de estudos multidisciplinares de expressão portuguesa dedicado aos países da CPLP, cujas portas se abrirão ao público no ano escolar de 2015.[7]

O Fá d'Ambô, uma língua crioula com desenvolvimento autóctone na ilha de Ano-Bom, também tem uma base lexical portuguesa.

Línguas nativas

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As línguas nativas são reconhecidas como parte da cultura nacional; fangue, falada também em partes da República dos Camarões, Gabão e Congo; bubi, falado na ilha de Bioko; balengue, na região continental; ibo e crioulo inglês (Pichi, pichinglis < pidgin English) também em Bioko e Bisio-bujeba. A língua benga - ndowe (também chamado de Kombe ou Ngumbi) pertence ao grupo dos ndowe localizados no litoral do continente, e está relacionado com o bubi. O pichi não tem reconhecimento oficial e não há estatísticas confiáveis, mas, provavelmente, tem mais falantes do que as línguas nativas, exceto talvez a fangue.[9]

O fangue é a principal língua do território continental da Guiné Equatorial, tem mais de um milhão de falantes dos quais cerca de 300 mil são equato-guineenses. É uma língua banta da área geográfica A (na classificação do Guthrie).

Línguas Bubi-benga

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A língua Bubi é a principal língua da ilha de Bioko, em 1995 o número de falantes era estimado em 40 000. É uma língua banta da área geográfica A (na classificação do Guthrie).

O benga é falado na costa sul do Rio Muni entre ndowe por cerca de 3 mil pessoas e é considerado claramente relacionada com o Bubi. Também o batanga falado ao norte de benga por 9 mil pessoas na Guiné Equatorial (no Gabão haveria outros 6 mil falantes). Fala-se na parte sul da região costeira do Rio Muni. Se considera relacionado com o benga. O Yassa (também chamado yasa ou lyassa) também é considerado uma língua Bubi-benga falado por cerca de 900 pessoas (em 2000).

O Seki (também chamado beseki ou Seke) é falado por cerca de 11 mil pessoas (em 2001). No norte, ao longo da fronteira com Camarões (há um outro grupo de falantes de Seki no Gabão). É uma língua banta da área geográfica B (na classificação do Guthrie).

Kwasio-Bujeba

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O kwassio, Bissio ou bujeba era falado por 8 500 pessoas em 1982. Ele é falado na região costeira do Rio Muni embora não na beira mar, que é ocupado pelos "playeros" ou ndowe. É uma língua banta da área geográfica A (na classificação do Guthrie).

A língua balengue, molengue ou Lengue, é falado no sul da Guiné Equatorial por alguns milhares de pessoas em 2002. É uma língua banta da área geográfica B (na classificação do Guthrie), embora outros autores o consideram uma língua banta do noroeste ainda não classificado corretamente.

Pidgins e crioulos

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Os pidgins e crioulos são línguas desenvolvidas nativamente, mas cuja origem e desenvolvimento é causada pelo contato com os colonizadores europeus. No território da Guiné Equatorial há dois desses idiomas:

  • O Fá d'Ambô falado na ilha de Ano-Bom
  • O Pidgin English da África Ocidental é falado especialmente nas regiões que fazem fronteira com Camarões.

O Pichi (pichinglis) derivado da língua crioula Krio, que veio pela primeira vez para a ilha de Bioko liderado por colonos africanos que vieram de Freetown, Serra Leoa, em 1827. O Pichi é a segunda língua mais falada no país, atrás apenas do fangue e seguido de perto pelo Bubi.[10] Empregado principalmente por fernandinos, grupo étnico criado em Bioko.

Referências

  1. «Gloria Nistal Rosique: El caso del español en Guinea Ecuatorial» (PDF) (em espanhol). Consultado em 12 de março de 2015 
  2. «Congresos internacionales de la lengua española: Guinea Ecuatorial» (em espanhol). Consultado em 12 de março de 2015 
  3. «Português tornou-se 3ª língua oficial da Guiné-Equatorial». Consultado em 12 de março de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015 
  4. «Guiné Equatorial oficializa português». Consultado em 12 de março de 2015. Arquivado do original em 19 de agosto de 2011 
  5. «Guiné Equatorial aceite sem votação na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa». Jornal de Notícias. Consultado em 12 de março de 2015 
  6. a b «O "REGRESSO A CASA" DA GUINÉ EQUATORIAL». Plataforma Macau. Consultado em 12 de março de 2015 
  7. a b «Obiang: Guiné Equatorial vai criar centro de estudos de expressão portuguesa». Jornal de Negócios. Consultado em 12 de março de 2015 
  8. «Português será ensinado nas escolas primárias da Guiné Equatorial». Público.pt. Consultado em 12 de março de 2015 
  9. «Lipski: El español de Guinea Ecuatorial» (PDF) (em espanhol). Consultado em 12 de março de 2015 
  10. «Gramática del Pichi» (em espanhol). Consultado em 12 de março de 2015 

Ligações externas

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