Mânio Sérgio Fidenato
Mânio Sérgio Fidenato | |
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Tribuno consular da República Romana | |
Tribunato | 404 a.C. 402 a.C |
Mânio Sérgio Fidenato (em latim: Manius Sergius Fidenas) foi um político da gente Sérgia nos primeiros anos da República Romana, eleito tribuno consular por duas vezes, em 404 e 402 a.C..
Primeiro tribunato (404 a.C.)
[editar | editar código-fonte]Em 404 a.C., foi eleito tribuno consular com Caio Valério Potito Voluso, Cneu Cornélio Cosso, Cesão Fábio Ambusto, Públio Cornélio Maluginense e Espúrio Náucio Rutilo.[1]
Roma, enquanto continuava o cerco a Veios iniciado no anterior, voltou suas atenções aos volscos, que foram derrotados numa batalha campal entre Ferentino e Ecetra. Os romanos conseguiram conquistar a cidade volsca de Artena, graças principalmente à traição de um escravo, que indicou aos soldados uma passagem que levava diretamente à fortaleza e a partir da qual puderam atacar os defensores.[1]
Finalmente, os romanos estabeleceram uma colônia em Velletri (Velletriae).[2]
Segundo tribunato (402 a.C.)
[editar | editar código-fonte]Em 402 a.C., foi eleito tribuno novamente, desta vez com Quinto Servílio Fidenato, Lúcio Vergínio Tricosto Esquilino, Quinto Sulpício Camerino Cornuto, Caio Servílio Estruto Aala, pela terceira vez e Aulo Mânlio Vulsão Capitolino, em segundo mandato.[3]
Enquanto continuava o cerco a Veios pelos romanos, chegaram reforços inimigos de capenatos e faliscos, que atacaram a zona comandada por Sérgio Fidenato, colocando-o subitamente em dificuldades, principalmente depois da chegada de unidades veias.[3]
A animosidade entre Sérgio Fidenato e Lúcio Vergínio, que comandava o acampamento mais próximo da zona de combate, provocou a derrota do exército romano, que perdeu completamente o acampamento dos soldados de Sérgio Fidenato:
“ | A arrogância de Vergínio era comparável à teimosia de Sérgio, que, para não dar a impressão de precisar da ajuda de seu adversário, preferiu deixar vencer o inimigo a ter que agradecer a intervenção de um concidadão. O massacre dos soldados romanos pegos no meio da discussão durou um longo tempo | ” |
Logo depois do desastre, por conta de uma proposta de Caio Servílio, o Senado decidiu antecipar a nomeação dos novos tribunos consulares para as calendas de outubro ao invés de esperar os idos de dezembro, como era usual.
“ | [...] e meus dois colegas farão o que o Senado decidiu ou, continuarem teimosamente resistindo, nomearei imediatamente um ditador que os obrigue a renunciar. | ” |
Ainda neste ano, a guarnição de Anxur (Terracina) foi derrotada pelos volscos.
No ano seguinte, tanto Mânio Sérgio quanto Lúcio Vergínio foram processados pela péssima condução da guerra e condenados a pagar uma multa de 10 000 asses.[5]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Tribuno consular da República Romana | ||
Precedido por: Tito Quíncio Capitolino Barbato com Aulo Mânlio Vulsão Capitolino |
Espúrio Náucio Rutilo III 404 a.C. com Cneu Cornélio Cosso |
Sucedido por: Mânio Emílio Mamercino II com Marco Quintílio Varo |
Precedido por: Mânio Emílio Mamercino II com Marco Quintílio Varo |
Caio Servílio Estruto Aala III 402 a.C. com Quinto Servílio Fidenato |
Sucedido por: Lúcio Júlio Julo com Marco Fúrio Camilo |
Referências
- ↑ a b Lívio, "Ab Urbe Condita libri" IV, 4, 61.
- ↑ Lívio, "Ab Urbe Condita libri" V, 16-17
- ↑ a b c Lívio, Ab Urbe condita V, 8.
- ↑ Lívio, Ab Urbe condita V, 9.
- ↑ Lívio, Ab Urbe condita V, 12.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- T. Robert S., Broughton (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas