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Médico escritor

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Médico escritor é o médico que escreve de forma criativa em campos fora da prática da medicina. Seus trabalhos incluem contos, romances, poemas, literatura infantil, peças teatrais, ensaios, ficção especulativa, biografias e traduções.

Encontramos médicos escritores desde a mais remota era até os tempos atuais.

  • Ctésias de Cnido – médico grego, historiador.
  • São Lucas – apóstolo e autor de um dos 4 evangelhos. É o padroeiro dos médicos.
  • Avicena (980 – 1037) – considerado o maior filósofo do Islamismo. Precursor da introdução dos algarismos arábicos na cultura ocidental.
  • Maimônides (1138 – 1204) – filósofo muçulmano em Andaluzia, Marrocos e Egito.
  • Nicolau Copérnico (1473 – 1543) – médico, matemático, astrônomo, tradutor, jurista polonês.
  • Girolamo Fracastoro (Fracastorius) (Verona, 1478 — Incaffi, 8 de agosto de 1553) foi um médico, matemático, geógrafo e poeta italiano.
  • François Rabelais (1483 – 1553) – médico francês, sacerdote, produtor de peças satíricas e humorísticas de cunho religioso.

Idade Moderna

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Idade Contemporânea

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Por que o médico escreve

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Ao longo da história, sempre encontramos médicos escritores. Na Grécia antiga tiveram inspiração na mitologia.

O seu contato íntimo com o drama da vida humana (nascimento, doenças, morte) faz o médico um observador em posição privilegiada desses sentimentos, fazendo com que gravem e criem histórias sob essas inspirações.

O fator que também induz o médico a escrever é a curiosidade, nata e trabalhada por sua profissão, a respeito de todos os dramas humanos. Ele tem na prática médica sua finalidade, apoiando-se na literatura, e esta se apoiando na sua prática, numa inter-relação de ações. O segredo de profissão faz do médico um ser humano de grande conhecimento do padecimento de seus pacientes, que, no entanto, não pode revelar. A literatura abre um caminho para esse escape de que se sente necessitado.[1]

Associações de médicos escritores

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Em 1955 um grupo de médicos escritores criou a Federação Internacional de Sociedades de Escritores Médicos (FISEM), tendo como um de seus fundadores o médico André Soubiran, autor de “Homens de branco”. A FISEM trocou o nome, em 1973, para Union Mondiale des Écrivains Médécins (UMEM). É a célula-mãe de outras instituições semelhantes ao redor do mundo.

Há associações de médicos escritores na Alemanha, Bélgica, Brasil, Bulgária, Espanha, França, Grécia, Itália, Holanda, Polônia, Portugal, Romênia e Suíça, entre outros países.

No Brasil foi criada, nos moldes da FISEM-UMEM, a Sociedade Brasileira de Escritores Médicos (SBEM), depois denominada Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES).

Posteriormente, também foi criada a Academia Brasileira de Médicos Escritores (ABRAMES).[2]

Em Portugal existe a Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos (SOPEAM).

Em 2013 foi criada a Associação dos Médicos Escritores e Artistas de Moçambique - AMEAM pelo médico Helder Fernando Brígido Martins, espelhada na SOPEAM, na SOBRAMES e na UMEAL.[3]

América Latina

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Na América Latina há a Liga Sul-americana de Médicos Escritores (LISAME).

No Uruguai foi criada a Sociedad Uruguaya de Médicos Escritores (SUMES),[4] posteriormente rebatizada de Sociedad Uruguaya de Médicos Artistas (SUMART), com vistas a ampliar a lista de médicos em seus quadros.

Nos países lusófonos foi criada a União de Médicos Escritores e Artistas Lusófonos (UMEAL), tomando como base a SOBRAMES e a SOPEAM.[5]

Publicações de médicos escritores

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A imprensa do Hospital Johns Hopkins publica “Literature and Medicine”, um periódico voltado à interface medicina-literatura.[6]

A Associação Médica Britânica mantém uma lista de médicos escritores em sua página virtual.[7]

A Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, através de suas filiadas regionais nos Estados brasileiros, publica alguns periódicos, entre eles:

Referências

Ligações externas

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