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M1 Garand

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M1 Garand

M1 Garand. Das coleções do Museu do Exército Sueco, Estocolmo, Suécia.
Tipo Fuzil semiautomático
Local de origem  Estados Unidos
História operacional
Em serviço 19361958 (EUA)
Guerras Segunda Guerra Mundial
Guerra da Coréia
Primeira Guerra da Indochina
Revolução Cubana[1]
Invasão da Baía dos Porcos[2]
Guerra do Vietnã
Histórico de produção
Criador John Garand
Data de criação 1932
Período de
produção
1936
Quantidade
produzida
Approx. 5.4 milhões
Variantes M1C, M1D
Especificações
Peso 4,275 Kg
Comprimento 1.107 mm
Comprimento 
do cano
609 mm
Cartucho .30-06 Springfield
7,62×51mm NATO
Ação a gás, com ferrolho rotativo
Velocidade de saída 855 m/s
Alcance efetivo 600 m
Sistema de suprimento Clip em bloco de 8 munições, carregador interno

O M1 Garand[nb 1] é um fuzil semiautomático criado em 1935 nos Estados Unidos. Foi o fuzil de serviço padrão dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Coreia, também tendo serviço limitado durante a Guerra do Vietnã. A maioria dos fuzis M1 foram entregue às forças armadas dos Estados Unidos, embora muitas centenas de milhares também tenham sido fornecidos como ajuda estrangeira aos aliados americanos. Durante seu serviço, foi equipado para toda infantaria, a exceção de um homem em cada esquadra, o atirador especial, que usava um fuzil específico para tiro de precisão.[3]

Desta forma, a infantaria americana foi a única totalmente equipada com uma arma semiautomática durante a Segunda Guerra Mundial. O General Patton disse sobre a Garand que ela foi "a maior ferramenta de combate já desenhada".[4]

O M1 Garand foi endossado em 1932 pelo general Douglas MacArthur para se tornar o fuzil padrão do exército americano, e seu uso tornou-se oficial a partir de 1936. Quando os Estados unidos entraram em guerra em 1941, sua infantaria estava quase toda armada com este fuzil. Apenas algumas poucas unidades ainda utilizavam o Springfield M1903 e o Johnson M1941.

Desenvolvimento

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Desenhado por John Garand, o M1 era superior a qualquer outro fuzil da sua época. O Garand era um fuzil de carregamento automático bastante simples e robusto. Sua coronha de madeira vai até a metade do cano, e sua telha, que também é de madeira, reveste-o quase todo. O receptor é curto e a alça de mira monta sobre ele. A ação é simples, o ferrolho, curto, é travado por dois tarugos trancadores dianteiros, que giram e se prendem a reentrâncias existentes logo atrás da culatra. Todo a superfície da culatra e o sistema de trancamento podem ser limpos com facilidade, tornando esse sistema bastante confiável e resistente.

Sua tecnologia, inovadora na época, utilizava-se de um ferrolho rotativo, que permitia mais velocidade nos disparos. Seu municiamento era feito por um clip (limite de metal que comportava a munição) de oito cartuchos, sendo que era impossível a alimentação individual dos mesmos. A característica mais marcante no Garand era que, ao se esgotar o clipe, este era ejetado pelo sistema de alimentação, emitindo um som agudo. Sua grande desvantagem é que era muito difícil recarregá-lo com o clipe ainda carregado, o que forçava os seus usuários a atirar o clipe inteiro para que ele saltasse. O clipe tinha ainda uma tendência de ficar preso na arma quando usado em ambientes úmidos (no Pacífico, por exemplo), pelo que foi desenvolvido um lubrificante especial para ser usado na arma a fim de reduzir os efeitos da umidade sobre o mecanismo da arma.

O Garand também contava com um lançador de granadas muito eficiente e fácil de usar. Era possível também o encaixe de uma baioneta ou também uma mira telescópica que ampliava 2,2 vezes. No começo de 1944 tentou-se criar uma versão totalmente automática do Garand para substituir os fuzis automáticos Browning M1918 (BAR), que envelheciam rapidamente. Esse modelo teve poucas unidades fabricadas e nenhum deles entrou em uso, pois todos sofriam dos mesmos defeitos comuns a uma arma do tamanho de um fuzil que tem de fazer as vezes de uma metralhadora leve.

Baioneta M5, usada pelo M1 Garand. M1 disparando uma
granada de bocal.
Um soldado americano com seu fuzil M1 ao
lado de um semilagarta M3, em Fort Knox,
Kentucky, em 1942.
M1C, versão para tiro de precisão. Clip de munição do M1. M1 Garand com Clips "em bloco"

Com mais de cinco milhões de unidades fabricadas, o Garand foi utilizado em toda a Segunda Guerra Mundial e amplamente utilizado na Guerra da Coreia e nos primeiros conflitos na Guerra do Vietnã. Hoje, faz enorme sucesso entre os civis americanos e colecionadores de armas do mundo inteiro. Serviu de base para a criação do AR-14 e hoje sabe-se que o famoso projetista russo Mikhail Kalashnikov usou um Garand junto com uma StG44 como base para o projeto da sua arma AK-47.

  1. Oficialmente designado como U.S. rifle, caliber .30, M1, mais tarde simplesmente chamado Rifle, Caliber .30, M1, também chamado US Rifle, Cal. .30, M1
  1. «SMALL ARMS OF THE CUBAN REVOLUTIONS PART1» (em inglês) 
  2. «Cold War: Bay of Pigs Invasion HistoryNet» (em inglês) 
  3. Hogg, Ian V., & Weeks, John. Military Small-Arms of the 20th century (London: Arms & Armour Press, 1977), p.183, "US Rifle, Caliber .30in ('Garand'), M1-M1E9, MiC, M1D, T26".
  4. HISTORY OF THE SPRINGFIELD ARMORY Springfield Armory National Historic Site

Ligações externas

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