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Marca de Baden-Baden

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 Nota: Este artigo é sobre a Marca de Baden-Baden. Para a cidade, veja Baden-Baden.



Markgrafschaft Baden-Baden
Marca de Baden-Baden

Membro do Sacro Império


1535–1771 (3ª criação)

Brasão de Marca de Baden-Baden

Brasão



Localização de Marca de Baden-Baden
Localização de Marca de Baden-Baden
Marca de Baden-Baden, dentro do Sacro Império
Continente Europa
Região Europa Central
País Alemanha
Capital cidade de Baden-Baden
Língua oficial Alemão alemânico
Religião Catolicismo
Governo Monarquia
Marquês
 • 1515-1553 Bernardo III
 • 1738-1771 Carlos Frederico
História
 • 1535 Divisão da Marca de Baden
 • 1771 União com o Baden-Durlach para formar a Marca de Baden

A Marca de Baden-Baden ou, na sua forma portuguesa, de Bade-Bade[1] (em alemão: Markgrafschaft Baden-Baden) foi um Estado vassalo do Sacro Império Romano-Germânico, que existiu por desagregação da Marca de Baden[2].

É importante realçar a diferença entre a Marca de Baden-Baden e a sua capital, a cidade de Baden-Baden.

A Marca d Baden-Baden, enquanto desagregação da Marca de Baden, existiu ao longo da história por três vezes:

  • 1190-1335: pela morte de Hermano IV, Baden foi dividido entre os dois filhos, ficando o mais velho Hermano V com Baden-Baden. Esta linha sucedeu-se até à sua extinção, em linha masculina, com a morte de Rodolfo Hesso de Baden-Baden, em 1335;
  • 1348-1503: pela morte de Rodolfo IV de Baden-Pforzheim, o seu território foi, de novo, dividido entre os dois filhos, ficando o mais velho Frederico III com Baden-Baden. Esta linha sucedeu-se até que, em 1503, o marquês Cristóvão I reuniu todo o Baden, dada a extinção de todas as outras linhas cadetes;
  • 1533-1771: em 1533, Baden foi, de novo, dividido entre os dois filhos de Cristóvão I: Bernardo III, o mais velho, fundou a Linha Bernardina (católica) e governou Baden-Baden. Ernesto, o mais novo, fundou a linha Ernestina (Luterana) e governou Baden-Durlach.

O território viria a unir-se em 1771 quando o último representante da linha Bernardina, Augusto Jorge de Baden-Baden, morreu sem descendência.

A Marca Baden-Baden compreendia vários territórios disseminados pelas duas margens do rio Reno. Na margem direita, incluía:

  • A marca propriamente dita e suas dependências, os mosteiros de Schwarzach, Lichtenthal e Herrenalb;
  • o senhorio de Mahlberg ;
  • o senhorio de Lahr (cedido ao Palatinado em 1629);
  • o senhorio de Staufenberg ;
  • o senhorio de Eberstein e as suas dependências, o mosteiro de Frauenalb e Muggensturm.

Na margem esquerda do Reno, detinha:

Entre 1556 e 1666, os senhorios de Rodemachern[3], Useldange e Hesperange formam a Marca de Baden-Rodemachern (desagregada de Baden-Baden).

Em 1707, o condado anterior de Sponheim é partilhado entre a regente Sibila de Saxe-Lauemburgo e o eleitor Palatino João Guilherme. Baden-Baden recebe os bailiados de Kirchberg, Koppenstein[4], Naumburg[5] e Sprendlingen, bem como Sankt Johann, Dengen e Reckershausen.

Quanto ao condado ulterior de Sponheim, apenas em 1776 seria partilhado entre o marquês de Baden, Carlos Frederico, e o duque de Palatinado-Zweibrücken, Carlos II Augusto.

Lista de Marqueses de Baden-Baden

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1ª Criação (1190-1335)

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2ª Criação (1348-1503)

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3ª Criação (1533-1771)

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Nota: entre 1594 e 1622 Baden-Baden esteve sob ocupação de Baden-Durlach com o pretexto de que o casamento morganático de Eduardo Fortunato de Baden-Baden excluiria da sucessão a sua linha. No entanto, com a vitória católica na Batalha de Wimpfen[6], em 1622, Guilherme recuperou Baden-Baden.

Brasão de armas

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Brasão de Baden.
Brasão da linha de Baden-Baden (início séc. XV).
Brasão da Marca de Baden-Baden (1533-1771).

O brasão de armas sofreu alterações ao longo do tempo.

Inicialmente os marqueses de Baden-Baden utilizavam o tradicional escudo da Casa de Baden, cuja descrição heráldica é: "uma banda de gules em campo de ouro".

As diversas linhas da casa utilizavam o timbre para diferenciar cada uma delas: enquanto a linha principal utilizava como timbre os chifres de búfalo adornados com ramos de tília, as linhas secundárias[7] usavam chifres de ibex.[8]

É a partir do início do século XV que a linha principal de Baden-Baden começa a utilizar um brasão esquartelado, em que as armas de Baden (no I e no IV quartel), são combinadas com as do Condado de Sponheim (no II e no III quartel), dado os marqueses de então serem descendentes de Matilde de Sponheim, herdeira do condado, que casara com o marquês Rodolfo VI de Baden-Baden.

Por fim, com a 3ª criação da Marca de Baden-Baden em 1533, o brasão usado passou a ser mais complexo, sendo um escudo partido de 2 e cortado de 3, que incluía as armas dos diversos territórios que constituíam a Marca: (1) o condado anterior de Sponheim; (2) o condado de Eberstein; (3) a Marca de Hachberg; (4) o senhorio de Badenweiler; sobre o todo: Baden; (6) o Landegraviato de Sausenberg; (7) o senhorio de Rötteln; (8a) o senhorio de Lahr; (8b) o senhorio de Mahlberg; e (9) o condado ulterior de Sponheim.

Os marqueses residiam no castelo de Hohenbaden, em Baden-Baden e, a partir de 1705, mudaram-se para a sua nova residência barroca, o Palácio de Rastatt na cidade de Rastatt.

Mausoléu dos Marqueses

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A igreja da Colegiada de Baden-Baden.

Os Marqueses de Baden-Badem foram tradicionalmente sepultados na igrega da Colegiada da cidade de Baden-Baden (em alemão: Stiftskirche, Baden-Baden), templo que pode ser considerado o panteão da família.

  1. Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda. 
  2. em alemão os estados resultantes da subdivisão de um estado maior designam-se “Teilherzogtum
  3. atualmente na França
  4. Burg Koppenstein é um castelo situado em Henau
  5. Burg Naumburg é um castelo situado em Bärenbach (Kirn-Land).
  6. no âmbito da Guerra dos Trinta anos
  7. a de Baden-Hachberg e a de Hachberg-Sausenberg
  8. Karl von Neuenstein: Das Wappen des Grossherzoglichen Hauses Baden in seiner geschichtlichen Entwicklung verbunden mit genealogischen Notizen, Karlsruhe, 1892, Pág. 70 Documento online
  • Armin Kohnle: Kleine Geschichte der Markgrafschaft Baden. Verlag G. Braun, Karlsruhe 2007, ISBN 978-3-7650-8346-4;
  • Dagmar Kicherer: Kleine Geschichte der Stadt Baden-Baden. Verlag G. Braun, Karlsruhe 2008, ISBN 978-3-7650-8376-1;
  • Staatsanzeiger-Verlag (Hrsg.): Sibylla Augusta. Ein barockes Schicksal, Estugarda 2008, ISBN 978-3-929981-73-5.
  • Gerhard Friedrich Linder: Die jüdische Gemeinde in Kuppenheim, Editora Regionalkultur, Ubstadt-Weiher, 1999, ISBN 3-89735-110-2.
  • Landesarchivdirektion Baden-Württemberg (Hrsg.): Der Landkreis Rastatt (Band 1), Editor Jan Thorbecke, Estugarda, 2002, ISBN 3-7995-1364-7.
  • Friedrich Wielandt: Badische Münz- und Geldgeschichte. Editora G. Braun, Karlsruhe 1979, ISBN 3-7650-9014-X.