Saltar para o conteúdo

Scutosaurus

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Scutosaurus
Intervalo temporal: Permiano
~259,1–251,9 Ma
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Clado: Parareptilia
Ordem: Procolophonomorpha
Clado: Pareiasauria
Gênero: Scutosaurus
Hartmann-Weinberg, 1930
Espécies:
S. karpinskii
Nome binomial
Scutosaurus karpinskii
(Amalitskii, 1922)
Sinónimos

Scutosaurus (“réptil escudo”) era um gênero de pareiassauro que viveu há cerca de 265-254 milhões de anos, no que é hoje a Rússia, no final do período Permiano. Seu nome refere-se às grandes placas de armadura espalhadas através de seu corpo.

Descoberta e história

[editar | editar código-fonte]
Foto de um espécime.

Com 4 espécimes coletados no começo do ano de 1900, na Dvina do Norte, Rússia, em 1902 Amalitsky nomeou 4 novas espécies (com nome do gênero errado): Pareiosaurus karpinskii, Pareiosaurus tuberculatus, Pareiosaurus elegans e Pareiosaurus horridus. Entretanto, Hartmann-Weinberg (1930) criou o gênero Scutosaurus para guardar uma única espécie: Scutosaurus karpinskii — em outras palavras, Hartmann-Weinberg reclassificou as 4 espécies nomeadas por Amalitsky como sendo Scutosaurus karpinskii. Kuhn (1969) concordou com Hartmann-Weinberg. Em 1987, Ivakhnenko ergueu Scutosaurus itilensis com base em Scutosaurus tuberculatus . No entanto, Lee (1996: 80), analisando dezenas de outros espécimes e os 4 primeiros, corroborou com a interpretação de Hartmann-Weinberg, pois os espécimes não apresentaram diferenças claras entre si. Tsuji (2013) e Benton (2016) também apoiaram esta interpretação, argumentando que Scutosaurus é um dos táxons de pareiassauros mais derivados morfologicamente.[1]

Assim como outros pareiassauros, o Scutosaurus tinha uma flange de "bochecha" produzida por um osso quadratojugal expandido na lateral do crânio, uma ornamentação craniana composta por saliências, corrosão e sulco, uma saliência única no osso angular da mandíbula inferior, dentes em formato de folha e osteodermas ou escudos.[1]

Diagrama comparando o tamanho de um Scutosaurus.

O Scutosaurus era um pararéptil de corpo grande, robusto. Tinha de 2,5 a 3 metros de comprimento. Embora ele já fosse reconhecido como um táxon massivo, não se sabia sua massa corporal exata. Então, um artigo de 2021 de Romano et al. calculou a massa corpórea do maior indivíduo de Scutosaurus karpinskii usando métodos volumétricos. O resultado da massa corpórea em todas as densidades usadas sempre rondou 1 tonelada: 1.060, 1.160 e 1.330 kg. Isso faz do Scutosaurus um dos táxons de pararrépteis mais pesados e talvez o maior pareiassauro.[1]

Paleobiologia

[editar | editar código-fonte]

Posição dos membros

[editar | editar código-fonte]
Inostrancevia predando Scutosaurus e mostrando sua posição dos membros.

O Scutosaurus possuía, assim como todos os outros pareiassauros, membros atarracados.[1]

Alimentação

[editar | editar código-fonte]

Pareiassauros eram animais herbívoros com corpo de barril, e os de grande porte deveriam ter uma dieta rica em fibras. Isso lança luz sobre os primeiros ecossistemas terrestres modernos.[1]

[editar | editar código-fonte]

No documentário Caminhando com os Monstros de 2005, aparece um grande bando de Scutosaurus no deserto da Sibéria, Rússia, e um deles é atacado por um gorgonopsídeo, morrendo.

Referências

  1. a b c d e Romano, Marco; Manucci, Fabio; Rubidge, Bruce; Van den Brandt, Marc J. (2021). «Volumetric Body Mass Estimate and in vivo Reconstruction of the Russian Pareiasaur Scutosaurus karpinskii». Frontiers in Ecology and Evolution (em inglês). ISSN 2296-701X. doi:10.3389/fevo.2021.692035. Consultado em 17 de junho de 2021