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Endocardite

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Endocardite
Endocardite
Bacilo de Bartonella henselae(grânulos escuros) em válvula cardíaca de paciente com endocardite.
Especialidade cardiologia, doença infeciosa
Classificação e recursos externos
CID-10 I33
CID-9 421
DiseasesDB 4224
MedlinePlus 001098
eMedicine emerg/164 med/671 ped/2511
MeSH D004696
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Endocardite é uma inflamação que atinge parte da camada mais interna do coração, o endocárdio, que está em contato direto com o sangue interno. Também podem afetar as válvulas cardíacas, septo interventricular ou as cordas tendinosas que abrem as válvulas.[1][2] Pela forte pressão sanguínea local, o endocárdio é uma região pouco protegida pelo sistema imunológico, o que também dificulta seu tratamento eficiente. A doença pode ter origem infecciosa ou não.[2]

Endocardite infecciosa

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Ver artigo principal: Endocardite infecciosa

Apresenta-se na forma de uma massa amorfa, chamada de vegetação, que se podem deslocar e atingir diversos pontos do corpo, como os pulmões e o cérebro. É composta de células inflamatórias, plaquetas, fibrina e uma grande quantidade de microrganismos. Costuma ocorrer nas válvulas cardíacas, porém pode ocorrer em outros pontos do endocárdio. Pode ser causado por inúmeras espécies de bactérias ou fungos, embora estes sejam mais raros.

Antes da existência dos antibióticos a doença era quase invariavelmente fatal, sendo que a doença era dividida entre aguda e subaguda conforme o grau de virulência do agente e do tempo de evolução do agente, que varia de dias a meses. Hoje permanece séria, mas com um prognóstico muito melhor. A doença tem fatores de risco, ou seja, situações que facilitam seu aparecimento. Os fatores de risco mais conhecidos para a endocardite são:

Endocardite não-infecciosa

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Também conhecida como marântica, pode ser causada por tumor, doença autoimune (como lúpus) ou por respostas inflamatórias do corpo.[3]

Sinais e sintomas

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Podem ocorrer, entre outros:[2]

O diagnóstico é feito por cultura bacteriana, por métodos de ecocardiografia ou pela demonstração de infecção sanguínea através de hemocultura, que permite identificar as bactérias livres no sangue. O endocárdio não é uma superfície fácil de ser infecta, então doenças que favoreçam o desenvolvimento de endocardite, como febre reumática ou prolapso de válvula mitral, devem ser avaliadas também.[3]

O tratamento visa controlar a infecção e, se possível, a correção da causa que predispôs a endocardite. São longos tratamentos, com muitas semanas de internação hospitalar, com uso de um grande número de medicamentos, inclusive antibióticos, e muitas vezes necessitando de cirurgia cardíaca.

Referências

  1. Kasper DL, Braunwald E, Fauci AS, Hauser S, Longo DL, Jameson JL (May 2005). Harrison's Principles of Internal Medicine. McGraw-Hill. pp. 731–40. ISBN 0-07-139140-1. OCLC 54501403 56437106 56801936 56967424.
  2. a b c d e f g Steven Kang; et al. (2020). «Bacterial Endocarditis». Cedars Sinai.org. Consultado em 12 de janeiro de 2022 
  3. a b Mitchell RS, Kumar V, Robbins SL, Abbas AK, Fausto N (2007). Robbins Basic Pathology (8th ed.). Saunders/Elsevier. pp. 406–8. ISBN 1-4160-2973-7.