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Fosfina

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Fosfina
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC Fosfano
Outros nomes Fosfina
Fosfamina
Hidreto de fósforo
Identificadores
Número CAS 7803-51-2
PubChem 24404
Propriedades
Fórmula química H3P
Massa molar 34 g mol-1
Aparência gás incolor
Densidade 1,53 kg·m-3 (0 °C)[1]
Ponto de fusão

-133,8 °C[1]

Ponto de ebulição

-87,77 °C[1]

Solubilidade em água 330 mg·l-1 (20°C)[1]
Pressão de vapor 3,49 MPa (20 °C)[1]
Estrutura
Forma molecular Piramidal
Momento dipolar 0.58 D
Riscos associados
Classificação UE Facilmente inflamável (F+)
Muito tóxico (T+)
Perigoso ao
meio ambiente (N)
NFPA 704
4
4
2
 
Frases R R12, R17, R26, R34, R50
Frases S S1/2, S28, S36/37, S45,
S61, S63
Ponto de fulgor gás inflamável
Temperatura
de auto-ignição
38 °C
Compostos relacionados
Outros aniões/ânions Amônia
Arsina
Estibina
Bismutina
Silano
Sulfeto de hidrogênio
Outros catiões/cátions Fosfeto de alumínio
Compostos relacionados Metilfosfina
Trimetilfosfina
Trifenilfosfina
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Fosfina é o nome comum para o hidreto de fósforo (PH3), também conhecido pelo seu nome IUPAC fosfano e, eventualmente, fosfamina. À pressão ambiente é um gás incolor inflamável cujo ponto de ebulição é de -88 °C. A fosfina pura é inodora, mas em seu estado técnico apresenta um cheiro bem desagradável de peixe podre.

Comumente utilizado na agricultura no formato de pastilhas, o hidreto de fósforo é utilizado na atividade de expurgo de sementes ou grãos, erradicando ou minimizando pragas de armazenagem. (Lorini et al., 2007). Após aplicado, o composto químico é volatilizado e necessita agir no mínimo por 168 horas, umidade acima de 25% e temperatura acima de 10 °C.

Ver artigo principal: Fosfina (grupo funcional)

Compostos derivados da fosfina em que um a três -H são substituídos por radicais orgânicos são chamados de fosfinas.[2]

Usa-se também o termo fosfina no sentido de fosfetos.[3]

A fabricação das fosfinas é um tanto fácil e diversificada.

2 P + 3H2 → 2 PH3
3 NaOH + 4 P + 3 H2O (Calor)→ 3 NaH2PO2 + PH3
4 H3PO3 + Calor (250°C) → PH3 + 3 H3PO4

Fosfina em Vênus

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Em setembro de 2020, pesquisadores da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, juntamente com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, anunciaram a possível descoberta de fosfina na atmosfera de Vênus. Devido a acidez do planeta, não era esperado encontrar fosfina, pois imaginava-se que a acidez levaria a degradação da molécula. A evidência de fosfina foi divulgada como um indicador de um novo processo inorgânico ou um indicador de atividade biológica microbiana.[4]

Em um estudo pesquisadoras analisaram dados do ALMA, um dos telescópios usados para fazer a declaração de fosfina, e não puderam detectar a assinatura espectral do gás.[5] Mas descobriu-se que os dados do ALMA que a equipe havia usado foram processados incorretamente pelo observatório. Depois que o debate sobre a fosfina em Vênus começou, os gerentes do ALMA perceberam o erro, extraíram os dados brutos, reprocessaram-nos e liberaram o lote retrabalhado em novembro. Pesquisadoras analisaram os dados reprocessados e concluíram que ainda estavam vendo fosfina,[6] embora em um nível muito mais baixo do que relataram no início.[7] No outro estudo, os cientistas calcularam como os gases se comportariam na atmosfera de Vênus e concluíram que o que a equipe original pensava ser fosfina é na verdade dióxido de enxofre (SO2), um gás comum em Vênus e não é um sinal de vida possível.[8][9]

Referências

  1. a b c d e Registo de Monophosphan na Base de Dados de Substâncias GESTIS do IFA, accessado em 12 de Novembro de 2007
  2. Phosphines, IUPAC Golden Book
  3. Agrotóxicos e Toxologia, Ministério da Saúde, Governo do Brasil
  4. «Molécula detectada em Vênus pode indicar vida microbiana extraterrestre». Folha de S.Paulo. 14 de setembro de 2020. Consultado em 18 de setembro de 2020 
  5. Akins, Alex B.; Lincowski, Andrew P.; Meadows, Victoria S.; Steffes, Paul G. (27 de janeiro de 2021). «Complications in the ALMA Detection of Phosphine at Venus». The Astrophysical Journal (2): L27. ISSN 2041-8213. doi:10.3847/2041-8213/abd56a. Consultado em 27 de abril de 2021 
  6. Witze, Alexandra (17 de novembro de 2020). «Prospects for life on Venus fade — but aren't dead yet». Nature (em inglês) (7835): 532–532. doi:10.1038/d41586-020-03258-5. Consultado em 27 de abril de 2021 
  7. Greaves, Jane S.; Richards, Anita M. S.; Bains, William; Rimmer, Paul B.; Clements, David L.; Seager, Sara; Petkowski, Janusz J.; Sousa-Silva, Clara; Ranjan, Sukrit (10 de dezembro de 2020). «Re-analysis of Phosphine in Venus' Clouds». arXiv:2011.08176 [astro-ph]. Consultado em 27 de abril de 2021 
  8. Lincowski, Andrew P.; Meadows, Victoria S.; Crisp, David; Akins, Alex B.; Schwieterman, Edward W.; Arney, Giada N.; Wong, Michael L.; Steffes, Paul G.; Parenteau, M. Niki (23 de fevereiro de 2021). «Claimed detection of PH$_3$ in the clouds of Venus is consistent with mesospheric SO$_2$». The Astrophysical Journal (2): L44. ISSN 2041-8213. doi:10.3847/2041-8213/abde47. Consultado em 27 de abril de 2021 
  9. Witze, Alexandra (28 de janeiro de 2021). «Life on Venus claim faces strongest challenge yet». Nature (em inglês) (7844): 19–20. doi:10.1038/d41586-021-00249-y. Consultado em 27 de abril de 2021 


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