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Ultrarrealista

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Ultrarrealistas
Ultraroyalistes
Ultrarrealista
Líder Príncipe Charles, Conde de Artois
Fundação 1815 (209 anos)
Dissolução 1830 (194 anos)
Ideologia Reacionarismo[1][2]
Ultramontanismo[3][4][5]
Conservadorismo (até 1827)[6][7]
Monarquismo
Espectro político Extrema-direita[8][9][10]
Publicação La Gazette
La Quotidienne
Le Conservateur
Sucessor Legitimistas
Fusão Chouannerie
Exército Católico e Real
País Reino da França Reino da França
Cores      Azul

     Branco (formal)

     Verde (comum)[11]

Política da França

Partidos políticos

Eleições

Ultrarrealista (em francês: ultraroyaliste, sendo coletivamente referidos como Ultras) foi um grupo político francês que esteve em atividade de 1815 a 1830 sob a Restauração Bourbon. Os ultras costumavam ser membros da nobreza da alta sociedade que apoiavam fortemente a monarquia Bourbon,[12] hierarquia tradicional entre as classes, sufrágio censitário e serem contrários à vontade popular e os interesses da burguesia e suas tendências liberais e democráticas.[13]

Os Legitimistas, outro dos principais ramos da direita identificados na obra clássica de René Rémond, Les Droites en France, foram classificados de maneira depreciativa com os ultras após a Revolução de Julho de 1830 pelos vencedores orleanistas, que depuseram a dinastia Bourbon e colocaram em seu lugar o rei liberal Luís Filipe.

Terror Branco

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Ver artigo principal: Terror Branco

Após o retorno de Luís XVIII ao poder em 1815, pessoas suspeitas de terem laços com os governos da Revolução Francesa ou de Napoleão foram presas. Várias centenas foram mortas por multidões enfurecidas ou executadas após um rápido julgamento em cortes marciais. Esses episódios aconteceram principalmente no sul da França.[14]

O historiador John Baptist Wolf argumenta que os ultrarrealistas — muitos dos quais haviam acabado de voltar do exílio — estavam preparando uma contra-revolução contra a Revolução Francesa e também contra a revolução de Napoleão.

Em todo o Midi — em Provença, Avignon, Languedoc e muitos outros lugares — o Terror Branco se enfureceu com ferocidade implacável. Os monarquistas encontraram na vontade dos franceses de abandonar o rei uma nova prova de sua teoria de que a nação estava alvejada por traidores, e usavam todos os meios para procurar e destruir seus inimigos. O governo não tinha poder nem estava disposto a intervir.[15]

Referências

  1. De Bertier, Ferdinand; De Bertier de Sauvigny, Guillaume (1993). Souvenirs d'un ultra-royaliste (1815-1832). [S.l.]: Editions Tallandier 
  2. De Waresquiel, Emmanuel (2005). L'histoire à rebrousse-poil: Les élites, la Restauration, la Révolution. [S.l.]: Fayard 
  3. Histoire de France, pendant les annees 1825, 1826, 1827 et commencement de 1828, faisant suite a l'Histoire de France par l'abbe de Montgaillard. 1. [S.l.: s.n.] 1829. p. 74 
  4. Encyclopédie des gens du monde: répertoire universel des sciences, des lettres et des arts ; avec des notices sur les principales familles historiques et sur les personnages célèbres, morts et vivans. 22. [S.l.]: Treuttel et Würtz. 1844. p. 364 
  5. Bailleul, Jacques-Charles (1819). Situation de la France. [S.l.: s.n.] p. 261 
  6. Le Conservateur: le roi, la charte et les honnêtes gens. 1. [S.l.]: Le Normant. 1818. p. 348 
  7. Reboul, Pierre (1973). Presses Univ. Septentrion, ed. Chateaubriand et le conservateur. [S.l.: s.n.] p. 288 
  8. Woodrow, Vincent (1977). Charles X of France: His Life and Times 1° ed. Boulder, Colorado, Estados Unidos: Pruett Publishing Company. p. 158 
  9. Hudson, Nora Eileen (1936). Ultra-royalism and the French Restoration. Cambridge, Reino Unido: Cambridge University Press. p. 196 
  10. Boisnormand de Bonnechose, François Paul Émile (1882). History of France to the Revolution of 1848. Londres, Reino Unido: Ward, Lock, and Co. p. 460 
  11. Fitzpatrick, Brian (2002). Catholic Royalism in the Department of the Gard 1814-1852. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 49 
  12. Ultraroyalist. Dictionary of Politics and Government, 2004, p. 250.
  13. "Ultra". Encyclopædia Britannica. "The ultras represented the interests of the large landowners, the aristocracy, clericalists, and former émigrés. They were opposed to the egalitarian and secularizing principles of the Revolution, but they did not aim at restoring the ancien régime; rather, they were concerned with manipulating France’s new constitutional machinery in order to regain the assured political and social predominance of the interests they represented".
  14. Gwynn Lewis, "The White Terror of 1815 in the Department of the Gard: Counter-Revolution, Continuity and the Individual" Past & Present No. 58 (February 1973), pp. 108–135 online.
  15. John Baptiste Wolf (1963). France: 1814-1919, the Rise of a Liberal-democratic Society. [S.l.: s.n.] p. 36