Saltar para o conteúdo

Braginoco

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bayinnaung
ဘုရင့်နောင်
Braginoco
Bayinnaung
ဘုရင့်နောင်
Monarca
Período 30 de Abril de 1550 - 10 de Outubro de 1581
Antecessor(a) Tabinshwehti
Sucessor(a) Nanda
Dados pessoais
Nascimento 16 de Janeiro de 1516
Morte 10 de Outubro de 1581 com 65 anos
Pegú
Primeira-dama Thakingyi
Religião Budismo Teravada

Bayinnaung ou Bayintnaung (birmanês ဘုရင့်နောင် AFI[bəjɪ̰ɴ nàʊɴ] lit. O irmão mais velho do Rei; em português Braginoco[1]; em Língua tailandesa พระเจ้าบุเรงนอง (Burinnaung ou Burengnong) foi o terceiro rei da dinastia Taungû, na actual Birmânia (reinou de 1551 a 1581). Venerado no país, é sobretudo conhecido por ter acabado sua unificação e conquistado o estado Shan, assim como uma parte da Tailândia e do Laos. Também é bem conhecido na Tailândia por uma canção popular chamada "Pu Chanah Sip Tit" significando "Conquistador das dez direcções."

Reconquista da Birmânia (1550-1555)

[editar | editar código-fonte]

Bayinnaung chamava-se Kyaw Htin Nawrata ou Htin Kyaw Nawrahta. Bayinnaung era o nome que lhe tinha dado seu cunhado, o rei Tabinshwehti (reino de 1530 a 1550). Depois do assassinato de Tabinshwehti pelos mons da sua corte de Pegu em 1550, Bayinnaung teve que trabalhar para recuperar o reino. Retomou Taungû e Prome em 1551, Pegu, Martabão e Pathein em 1552, e finalmente a antiga capital Ava em 1555.

Conquistas exteriores

[editar | editar código-fonte]
Estátua de Bayinnaun.

Depois de tornar a apoderar-se da Alta e da Baixa Birmânia, lançou uma expedição contra os Shans do Nordeste. Conquistou Mong Mit, Thibaw, Yawnghwe, Mong Yang e Mogaung em 1557.

O ano seguinte, foi a vez de Mong Nai e de Chiang Mai (Zin Mè), capital do Reino de Lanna.[2] Em 1563 submeteu o estado sino-tailandês de Mong Mao.

No mesmo ano, lançou também uma campanha contra o Reino de Aiutaia (Sião). Encontrou grande resistência, mas conseguiu finalmente apoderar-se da capital em 1569. Milhares de cativos foram levados para a Birmânia e o Sião transformou-se em estado vassalo do reino de Taungû (libertou-se em 1584, sob Maha Tammaratchathirat I).

No fim dos anos de 1560, vários viajantes europeus como Cesar Fedrici e Gaspero Balbi visitaram Pegú, e deixaram descrições detalhadas do reino de Bayinnaung.[3][4]

Últimos anos

[editar | editar código-fonte]

Nos anos 1570, Bayinnaung atacou o reino de Lan Xang (Lin Zin, ou Milhão de elefantes) no actual Laos. O seu rei Setthathirat e os habitantes da capital Vientiane fugiram para a selva, onde continuaram a luta.

Bayinnaung persegui-os, mas o combate transformou-se em guerrilha. Confrontado com um inimigo invisível, e sem vitória decisiva, Bayinnaung teve que deixar o país.

De regresso a Lan Xang em 1574, tentou de fazer voltar os habitantes para Vientiane para reconstruir o reino com um soberano escolhido por ele.

Teve também que lançar uma expedição para reafirmar o seu controlo sobre o estado Shan de Mogaung em 1576.

Á sua morte, em 1581 Bayinnaung estava no ponto de lançar um ataque contra o reino de Arracão. O seu filho Nandabayin sucedeu-lhe.

Notas e referências

  1. cf. a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto
  2. O rei de Chiang Mai Mekuti (ou Mai Kusi) foi levado como cativo a Pegú, onde morreu em 1564. Tornou-se sob o nome de "Yun Bayin" um dos 37 nat venerados na Birmânia.
  3. Account of Pegu (c. 1569), Cesar Fedrici.(em inglês)
  4. Voyage to Pegu, and Observations There, Circa 1583, Gaspero Balbi.(em inglês)

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Tabinshwehti
Dinastia Taungû
1551-1581
Sucedido por
Nandabayin