Saltar para o conteúdo

Genocídio ruainga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vista aérea de uma vila rohingya destruída pelas chamas
O estado de Raquine, onde boa parte dos massacres aconteceram.

Genocídio ruainga[1][2] refere-se à operação de limpeza étnica e a repressão militar em andamento realizada pelas forças armadas e pela polícia de Mianmar, de maioria budista, e por civis budistas arracaneses contra os muçulmanos ruaingas (rohingyas) no Estado de Raquine, na região noroeste do país. Os eventos incluíram massacres, estupros e incêndio criminoso das residências dos ruaingas.

As ações, que foram classificadas como genocídio pela Organização das Nações Unidas,[1][2] deixaram um saldo de cerca de 725.000 deslocados pela violência[1] e 25.000 mortes até agosto de 2018.[3]

A repressão militar contra o povo ruainga atraiu críticas de vários lugares, incluindo as Nações Unidas,[4][5] o grupo de direitos humanos Amnistia Internacional, o Departamento de Estado dos EUA[6] e o governo da Malásia. A chefe de governo, de facto, Aung San Suu Kyi foi particularmente criticada por sua inatividade e silêncio sobre a questão e por fazer pouco para evitar abusos militares.[7] Os ruaingas são povos muçulmanos pelos quais foram descritos pelos Estados Unidos com um dos mais perseguidos do mundo. São cerca de 5% dos 60 milhões de habitantes que vivem em Myanmar. Os ruaingas possuem direitos limitados onde vivem, no Mianmar. Eles só podem viajar ou se casar com a permissão das autoridades e, além disso, eles não possuem o direito de possuir alguma terra ou propriedade.[8][9]

Referências

  1. a b c «Sí hubo genocidio contra los rohinyás». El Espectador. 27 de agosto de 2018 
  2. a b «La ONU pide juzgar a militares birmanos por "genocidio" de rohinyás». 20 minutos 
  3. «Killing of Rohingyas: Death toll could be up to 25,000». The Daily Star. 18 de agosto de 2018 
  4. «Nobel Peace Prize winner accused of overlooking 'ethnic cleansing' in her own country». The Independent (em inglês). 9 de dezembro de 2016 
  5. «Ganhadora de Prêmio Nobel da Paz, líder de Mianmar nega silêncio sobre crise dos rohingyas». G1. 15 de Novembro de 2017. Consultado em 13 de Setembro de 2018 
  6. Holmes, Oliver; agencies (24 de novembro de 2016). «Myanmar seeking ethnic cleansing, says UN official as Rohingya flee persecution». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077 
  7. «UN calls on Suu Kyi to visit crisis-hit Rakhine». The Daily Star (em inglês). 9 de dezembro de 2016 
  8. «Rohingyas: o povo muçulmano que o mundo esqueceu». BBC. 12 de maio de 2015. Consultado em 10 de julho de 2017 
  9. «Rohingya, o povo sem cidadania». O Globo. 15 de Maio de 2015. Consultado em 13 de Setembro de 2018