Humaide ibne Maiufe Alhajuri
Humaide ibne Maiufe Alhajuri | |
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Nacionalidade | Califado Abássida |
Etnia | Árabe |
Progenitores | Mãe: ? Pai: Maiufe Alhajuri |
Ocupação | General e governador |
Religião | Islamismo |
Humaide ibne Maiufe Alhajuri (Ḥumayd ibn Ma'yūf al-Ḥajūrī - lit. "Humaide, filho de Maiufe Alhajuri") foi um comandante árabe em serviço do Califado Abássida no começo do século IX.
Vida
[editar | editar código-fonte]Humaide originou-se numa família nobre árabe (axerafe) assentada na planície de Guta em torno de Damasco. Começando com seu bisavô, Maiufe ibne Iáia Alhujari, sua família lealmente serviu o Califado Abássida e ascendeu à proeminência na Síria.[1] Em 806, segundo Atabari o califa Harune Arraxide encarregou Humaide com "as costas do Levante do Mediterrâneo Oriental tão longe quanto o Egito".Humaide foi enviado num raide no Chipre, enquanto o califa liderou uma grande invasão ao Império Bizantino na Ásia Menor. Ele devastou a ilha, carregando consigo muito saque e 16 000 habitantes, incluindo o bispo local, que seriam vendidos como escravos nos mercados de Rafica, sob supervisão do alcaide Abu Bactari Uabe ibne Uabe.[2][3]
No ano seguinte, ele velejou em outra expedição contra o Império Bizantino, dessa ver mirando Rodes. A ilha foi saqueada, mas a cidade de Rodes resistiu as suas tentativas de captura. Em sua viagem de retorno, aportou em Mira, onde tentou destruir a tumba de São Nicolau. Uma tempestade afundaria alguns de seus navios e forçou-o a retirar-se, tendo os locais atribuído o evento à intervenção do santo.[4][5]
As vezes considera-se que antes de atacar Rodes, Humaide liderou sua frota para o Peloponeso, onde auxiliou ou mesmo fomentou uma revolta dos eslavos locais, liderando um cerco mal-sucedido ao porto de Patras.[2] É igualmente possível, por sua vez, que os relatos da participação árabe nestes eventos são resultado duma interpolação posterior, misturando a revolta eslava real com raides árabes subsequentes.[6]
No final da década de 810 ou de 820, após o breve mandato de seu pai, Humaide governou Damasco como representando dum governador ausente do Junde de Damasco; Paul M. Cobb deduz que o último era Nácer ibne Camza, significando que o mandato de Humaide pode ter durado até a nomeação de Abu Ixaque, o futuro Almotácime, como governador da Síria em 828.[7]
Referências
- ↑ Cobb 2001, p. 77–78, 96.
- ↑ a b Bosworth 1989, p. 262.
- ↑ Treadgold 1988, p. 144–145.
- ↑ Treadgold 1988, p. 148.
- ↑ Lilie 2013, Ḥumaid ibn Ma'yūf (#2597).
- ↑ Curta 2006, p. 111 (nota 1).
- ↑ Cobb 2001, p. 96, 138, 185 (nota 104).
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Bosworth, C. E. (1989). The History of al-Ṭabarī, Volume XXX: The ʿAbbāsid Caliphate in Equilibrium. The Caliphates of Musa al-Hadi and Harun al-Rashid, A.D. 785–809/A.H. 169–193. Albany, Nova Iorque: State University of New York Press. ISBN 0-88706-564-3
- Cobb, Paul M. (2001). White banners: contention in ‘Abbāsid Syria, 750–880. Albany, Nova Iorque: State University of New York Press. ISBN 0-7914-4880-0
- Curta, Florin (2006). Southeastern Europe in the Middle Ages, 500-1250. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0521815398
- Lilie, Ralph-Johannes; Ludwig, Claudia; Zielke, Beate et al. (2013). Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit Online. Berlim-Brandenburgische Akademie der Wissenschaften: Nach Vorarbeiten F. Winkelmanns erstellt
- Treadgold, Warren T. (1988). The Byzantine Revival, 780–842. Stanford, Califórnia: Stanford University Press. ISBN 0-8047-1896-2