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Jules Lachelier

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Jules Lachelier
Jules Lachelier
Nome completo Jules-Esprit-Nicolas Lachelier
Nascimento 27 de maio de 1832
Fontainebleau, Sena e Marne
Morte 16 de janeiro de 1918 (85 anos)
Fontainebleau, Sena e Marne
Nacionalidade francês
Ocupação filosofo
Escola/tradição Espiritualismo francês

Jules-Esprit-Nicolas Lachelier (Fontainebleau, 27 de maio de 1832 — Fontainebleau, 16 de janeiro de 1918) foi um filósofo francês.[1]

Estudou em Versalhes de 1851 até 1854 e aperfeiçoou-se na Escola Normal Superior de Paris entre 1856 - 1857, onde veio a lecionar mais tarde, em 1864; além disso, ensinou em vários liceus franceses.

Teve uma vida austera e dedicada ao ensino. Considerado um dos principais representantes da corrente idealista e espiritualista francesa do século XIX, desenvolveu uma filosofia marcada pela influência de Kant. Investiga a relação entre a necessidade natural e a liberdade. Para ele, a possibilidade de indução científica fundamenta-se na existência de causas que garantam a regularidade dos fenômenos da natureza, mas procura conciliar o determinismo natural com a noção da liberdade através de uma metafísica idealista. Entre suas obras, figuram: Sobre o fundamento da indução e Estudos sobre o silogismo.

Definindo-se como intelectualista, Lachelier assumiu como missão perpetuar a filosofia de Kant . Ficou famoso um artigo seu, Psicologia e Metafísica, no qual, distinguindo-se de Victor Cousin, dá os marcos de sua filosofia com uma tendência espiritualista:

“O ser tal como o concebemos não é, antes de mais nada, uma necessidade cega, depois uma vontade, que seria acorrentada de antemão pela necessidade, enfim, uma liberdade, que só teria que observar a existência de um ou de outro. É toda liberdade na medida em que se produz, toda vontade, na medida em que se dá como algo concreto e real [...] ”.[2]

Lachelier é influenciado por Félix Ravaisson, de quem usa o termo “realismo espiritualista” para designar sua filosofia. Henri Bergson dedica a Jules Lachelier seu Ensaio sobre os dados imediatos da consciência.[3] Émile Meyerson discute sua teoria da indução.[4]

Referências

  1. «Ministre de la culture - Base Léonore». www2.culture.gouv.fr. Consultado em 27 de maio de 2021 
  2. Psicologia e Metafísica, p. 170
  3. Cf. Henri Gouhier , Bergson et le Christ des Évangiles , Paris, Vrin, 1999, cap. 1
  4. Cf. Émile Meyerson, No Caminho do Pensamento, Paris, Vrin, 2011, p.  144
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